Experiências liminares diante da imagem: breves considerações para a Terapia Ocupacional.
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v27i3p305-312Palavras-chave:
Terapia Ocupacional/métodos, Arte.Resumo
O diálogo com as artes e com a filosofia constitui um importante dispositivo nas práticas da Terapia Ocupacional. A proposta de uma escrita em composição com imagens é para delas fazer emergir acontecimentos capazes de trazer indícios de um modo de trabalhar em Terapia Ocupacional que, mediado por atividades artísticas, corporais e culturais, busca potencializar a dimensão criativa e expressiva da vida, seguindo outros caminhos que não os da representação e da normatização dos corpos. Uma prática que se constitui como possibilidade para fazer proliferar experiências significativas e comunicáveis, hoje cada vez mais escassas na contemporaneidade. Na compreensão desse saber-fazer, interessa-nos explorar os conceitos de limiar e restos para pensar a noção de “experiência liminar” em Terapia Ocupacional. O presente ensaio deriva de nossa pesquisa de doutoramento que tem como campo empírico as experiências clínicas e de docência do pesquisador-terapeuta abordadas desde suas intersecções com imagens de obras de arte. Quando associamos nossas práticas à arte e às imagens que elas declinam sobre nós, torna-se possível fazer aparições de novas visualidades e legibilidades à Terapia Ocupacional que vão a contrapelo da história oficial biomédica, buscando a consolidação e os desdobramentos de condições tanto de conhecimento quanto de aliados para o acontecimento de uma nova travessia para a profissão.