Estudo de um serviço residencial: reflexões sobre os processos de desinstitucionalização

Autores

  • Caroline Aparecida de Rosa USP; FM; Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional
  • Elisabete Ferreira Mângia USP; FM; Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional
  • Márcia Aparecida F. de Oliveira USP; Escola de Enfermagem

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v16i3p105-113

Palavras-chave:

Saúde Mental, Desinstitucionalização, Serviços de saúde mental, Moradias assistidas, Reforma do setor de saúde, Reabilitação, Política de saúde

Resumo

Os serviços residenciais surgem como iniciativa dos processos de desinstitucionalização e constituem um instrumento fundamental para as Políticas de Saúde Mental que assumem a meta de superação dos hospitais psiquiátricos e das internações de longa duração. Este trabalho é parte da dissertação, realizada no período de fevereiro de 2003 a julho de 2005, no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade de São Paulo. O objetivo geral deste estudo foi conhecer os serviços residenciais do município de Santo André e compreender as características e alcance do projeto de desinstitucionalização em curso. Para tanto, buscou-se identificar e analisar: as concepções sobre serviço residencial na visão dos atores que vivenciam e constroem o seu dia-a-dia; as características estruturais e organizacionais de um serviço residencial e o cotidiano de seus moradores. A pesquisa se configura como qualitativa e foi construída a partir de procedimentos diversificados: estudo de caso e observação participante, entrevistas e análise documental, além do estudo bibliográfico sobre os temas de problematização. Os dados foram analisados à luz da perspectiva teórica dos autores da desinstitucionalização italiana. Valendo-se dos temas emergentes foram elaborados três eixos para a análise, dentre eles o objeto de atenção deste artigo: as características estruturais e organizacionais do serviço residencial. A análise dos dados revelou: a) as possibilidades e avanços propiciados pela Organização Social responsável pela gestão do serviço residencial; b) a necessidade do serviço residencial ser organizado de maneira flexível, de modo a favorecer o aumento da autonomia e protagonismo dos moradores e c) a contribuição significativa da experiência na criação de um novo espaço de vida e cuidado para as pessoas com transtorno mental severo e persistente que viveram longos processos de institucionalização.

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Publicado

2005-09-01

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

Rosa, C. A. de, Mângia, E. F., & Oliveira, M. A. F. de. (2005). Estudo de um serviço residencial: reflexões sobre os processos de desinstitucionalização . Revista De Terapia Ocupacional Da Universidade De São Paulo, 16(3), 105-113. https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v16i3p105-113