Aspectos obstétricos, psicossociais e sociodemográficos que podem potencializar risco para autismo nos primeiros nove meses de vida

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v30i1p27-36

Palavras-chave:

risco psíquico, determinantes sociais, desenvolvimento infantil, autismo

Resumo

Objetivo: Analisar a associação entre presença de risco psíquico, a partir do questionário PREAUT, e fatores obstétricos, sociodemográficos e psicossociais, em bebês nascidos a termo e pré-termo entre um e nove meses de idade. Método: A amostra foi de 80 bebês, 25 nascidos pré-termo e 55 a termo avaliados a partir de entrevista semi-estruturada e aplicação do questionário PREAUT. Resultados: Houve associação entre presença de risco psíquico e o fato de a mãe cuidar sozinha do bebê, não apresentar uma atividade profissional, o bebê ser do sexo masculino, apresentar dificuldades alimentares como refluxo e engasgos, bem como não explorar o próprio corpo e o ambiente a sua volta. Conclusão: Houve associação entre presença de risco psíquico, a partir do questionário PREAUT e fatores obstétricos, sociodemográficos e psicossociais.

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Biografia do Autor

  • Antônia Motta Roth Jobim van Hoogstraten, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

    O presente artigo apresenta resultados parciais da dissertação “Sinais de risco psíquico em bebês na faixa etária de três a nove meses e sua relação com variáveis obstétricas, sociodemográficas e psicossociais”. A pesquisa faz parte do Programa de Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação Humana da Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, e recebeu financiamento da Coordenação de Aperfeicoamento de Pessoal de Nível Superior, CAPES.

    Psicóloga (formada em 2012) especialista em Clínica Psicanalítica pela Universidade Luterana do Brasil (2012-2014), Mestre (2014-2016) e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação Humana - Departamento de Fonoaudiologia - Universidade Federal de Santa Maria - UFSM.

  • Ana Paula Ramos de Souza, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

    O presente artigo apresenta resultados parciais da dissertação “Sinais de risco psíquico em bebês na faixa etária de três a nove meses e sua relação com variáveis obstétricas, sociodemográficas e psicossociais”. A pesquisa faz parte do Programa de Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação Humana da Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, e recebeu financiamento da Coordenação de Aperfeicoamento de Pessoal de Nível Superior, CAPES.

    Fonoaudióloga, Pós-Doutora em Linguística (UFRGS), docente dos programas de Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação Humana e em Psicologia, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM. 

  • Anaelena Bragança de Moraes, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

    O presente artigo apresenta resultados parciais da dissertação “Sinais de risco psíquico em bebês na faixa etária de três a nove meses e sua relação com variáveis obstétricas, sociodemográficas e psicossociais”. A pesquisa faz parte do Programa de Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação Humana da Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, e recebeu financiamento da Coordenação de Aperfeicoamento de Pessoal de Nível Superior, CAPES.

    Doutora em Epidemiologia (UFSM), professora associada no Programa de Pós-Gaduação em Distúrbios da Comunicação Humana, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM. 

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Publicado

2020-08-10

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

Roth Jobim van Hoogstraten, A. M., Souza, A. P. R. de, & Moraes, A. B. de. (2020). Aspectos obstétricos, psicossociais e sociodemográficos que podem potencializar risco para autismo nos primeiros nove meses de vida. Revista De Terapia Ocupacional Da Universidade De São Paulo, 30(1), 27-36. https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v30i1p27-36