Terapeutas ocupacionais no Sistema Único de Assistência Social: mapeamento no Espírito Santo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v34i1-3e221940Palavras-chave:
Terapia ocupacional, Prática profissional, Política social, Proteção socialResumo
Em 2011, a terapia ocupacional foi reconhecida como uma das categorias que podem compor a equipe de referência e a gestão dos equipamentos do SUAS, havendo um aumento de terapeutas ocupacionais neste setor no cenário nacional. Essa pesquisa teve como objetivo mapear a inserção de terapeutas ocupacionais nas unidades socioassistenciais do Espírito Santo de 2012 a 2019, apreendendo dados gerais acerca do trabalho desenvolvido e dos profissionais. Trata-se de uma pesquisa quanti-qualitativa, descritiva e analítica, realizada através da base de dados pública “Censo SUAS”. Em 2019, existiam 34 profissionais em unidades socioassistenciais no Espírito Santo, sendo que a maior parte atuava nos Centros Dia e nos CREAS. Os vínculos de trabalho mais frequentes (67,6%) foram de empregados do setor privado, servidores temporários e trabalhadores de empresa/cooperativa/entidade. A maioria dos profissionais eram técnicos de nível superior (85,2%), com carga horária semanal de trabalho entre 21 e 30 horas (50%), do sexo feminino (91,1%) e com idade entre 21 e 30 anos (50%). Apesar do aumento de terapeutas ocupacionais no SUAS no estado, ainda é necessária organização profissional para maior inserção, sobretudo na proteção social básica, tendo como princípio o trabalho multiprofissional para atender às necessidades da população brasileira.
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