Sobre uma possível morada do real na ficção
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v16i2p195-205Palavras-chave:
Real, Ficção, Teorias das Artes Cênicas, Representação.Resumo
Este trabalho procura revisar ideias de alguns teóricos do teatro e da dança com relação às produções cênicas realizadas a partir da década de 1960 (que têm sido nomeadas como “pós-modernas”, “pós-dramáticas”, “teatro performativo”, entre outras expressões que procuram salientar sua diferenciação com relação às artes cênicas de certa época ou conceituação anteriores), a fim de apontar limites da crítica à representação que tais teorizações pretendem realizar. Discute-se em que medida certo caminho de desconstrução da lógica da representação tende a efetuar-se sobre os mesmos fundamentos conceituais de tal lógica, e sobre um mesmo tipo de pensamento dicotômico que a estrutura. Em seguida, tomando como base ideias do filósofo Jacques Rancière, pretende-se apontar outras possibilidades de crítica da representação por meio de sua reconceituação da noção de ficção.
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