Quando olhar é fazer: do espectador convidado ao espectador ausente
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v17i1p94-113Palavras-chave:
Espectador, Contexto urbano, Corpo, Fotografia.Resumo
O artigo propõe uma reflexão sobre o estatuto do espectador na cena performativa contemporânea e os resquícios dessa figura no campo da performance. Possíveis categorias para se pensar o espectador são identificadas em alguns experimentos teatrais e performativos fundados no ato de caminhar no contexto urbano. Para além do espectador convidado são considerados também os passantes e aqueles que acessam a performance por intermédio de outras materialidades, a fotografia por exemplo. A ação passa a prescindir da presença do espectador, uma vez que se dirige para a câmera, e esse deslocamento nem sempre valoriza o documento em detrimento do corpo, mas necessariamente o inclui como constitutivo do ato performático.
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