A ambivalência do protesto no teatro e na canção no Brasil pós-1964
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v15i1p180-190Palavras-chave:
Teatro de Arena, canção de protesto, Augusto BoalResumo
Nos primeiros anos após o Golpe Militar de 1964, o teatro e a canção viveram dilemas centrais para seu desenvolvimento. De um lado estava a tentativa de resistir esteticamente ao arbítrio e a interrupção das experiências populares do período anterior; de outro, o entusiasmo com o sucesso da nova produção e com o alcance da indústria de massa. O artigo discute estas questões no texto e nas canções do espetáculo Arena conta Zumbi, de Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri, bem como na releitura de Maria Bethânia em 1965 para Vivo num tempo de guerra, canção-chave do espetáculo e emblemática para o período. Por fim, analisa a crítica de Boal à cultura de esquerda pós-1964 no programa da I Feira Paulista de Opinião.
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