Em defesa de Baco contra seus admiradores gozo e política no teat(r)o oficina

Autores

  • Artur Sartori Kon Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v20i2p145-169

Palavras-chave:

Teatro brasileiro, Teatro Oficina, Estética e política, Psicanálise e política

Resumo

O presente ensaio visa analisar e confrontar duas obras que poderiam ser consideradas modelos ou manifestos do Teatro Oficina: Bacantes (1996) e O banquete (2009). Interpretando-as como um díptico, isto é, iluminando e suplementando uma com a outra, acreditamos ser possível absorver e superar as leituras mais habituais do trabalho de Zé Celso Martinez Corrêa, as quais se restringem à adesão ou recusa totais, e por isso muito simplistas, de seu projeto poético-político.

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Biografia do Autor

  • Artur Sartori Kon, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

    Doutorando pelo Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP) Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), processo nº 2017/04905-9 Ator, dramaturgo e encenador, integrante da Cia. de Teatro Acidental.

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Publicado

2020-12-20

Edição

Seção

O OFICINA

Como Citar

Kon, A. S. (2020). Em defesa de Baco contra seus admiradores gozo e política no teat(r)o oficina. Sala Preta, 20(2), 145-169. https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v20i2p145-169