De Colonos laboriosos, gatunos e bêbados trapaceiros: Mundos do trabalho e colonialismo em At Home in the Transvaal (1884), de Mary Ann Carey-Hobson

Autores

  • Evander Ruthieri da Silva Sem registro de afiliação

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1983-6023.sank.2023.207537

Palavras-chave:

História e Literatura, África do Sul, Colonialismo

Resumo

O artigo analisa o romance de aventura At Home in the Transvaal (1884), de Mary Ann Carey-Hobson, observando a fonte literária a partir de uma perspectiva teórico-metodológica que enfatiza suas relações com o mundo do trabalho e o colonialismo no sul da África nas décadas de 1870-1880. A ênfase recai sobre a idealização dos trabalhadores nas fazendas e nos campos de mineração, observando o destaque de Hobson a um tipo desejável de colono: jovial, laborioso e empreendedor, sem “vícios morais”, ao exemplo do alcoolismo ou dos jogos de azar. Além disso, estabelece distinções entre trabalhadores brancos e negros, descrevendo-os como serviçais domésticos, subservientes e afetuosamente apegados aos seus empregadores, sintomático de elementos racialistas e paternalistas na escrita literária de Hobson. Dessa forma, o romance aproxima-se dos interesses da elite colonial e do colonato branco no sul da África que, naquele contexto, visava estabelecer formas mais efetivas de controle da mão de obra e das terras de africanos negros.

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Publicado

2023-02-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

De Colonos laboriosos, gatunos e bêbados trapaceiros: Mundos do trabalho e colonialismo em At Home in the Transvaal (1884), de Mary Ann Carey-Hobson. (2023). Sankofa (São Paulo), 16(27), 63-84. https://doi.org/10.11606/issn.1983-6023.sank.2023.207537