A INVISIBILIDADE DA CRIANÇA NEGRA NA PROVÍNCIA DO PARANÁ

Autores

  • Gislaine Gonçalves Universidade Estadual de Maringá
  • Teresa Kazuko Teruya Universidade Estadual de Maringá

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1983-6023.sank.2019.169158

Palavras-chave:

Crianças negras, escravidão no Paraná, Negritude e Invisibilidade.

Resumo

Sabe-se que a região Sul do Brasil exalta a presença de imigrantes de trabalhadores brancos europeus na constituição da sua população. Porém, a presença de 36 comunidades quilombolas, certificadas no Paraná, continuam ignoradas e invisibilizadas. Este artigo traz resultados da análise de documentos primários do Arquivo Público do Paraná, como as Listas de escravos para emancipação (1873-1886) na província do Paraná, observados sob a perspectiva dos estudos culturais. No período mencionado, a Lei do Ventre Livre não garantiu a liberdade das crianças negras, pois foram mantidas sob a tutela de seus donos até os 21 anos. Para tanto, deviam pagar a tutela com serviços compulsórios ligados ao universo rural e doméstico, como roceiros, campistas, domésticos/as, pajens, cozinheiros/as, costureiras, ou então eram entregues ao Estado. Conclui-se que a invisibilidade da criança negra corresponde a uma ideologia que sustenta a superioridade branca e inferioridade negra, contribuindo com o retrato de um Paraná branco, e perpetuando marcas de discriminação e preconceito racial que afetam as crianças negras no espaço escolar contemporâneo.

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Publicado

2019-08-08

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

A INVISIBILIDADE DA CRIANÇA NEGRA NA PROVÍNCIA DO PARANÁ. (2019). Sankofa (São Paulo), 12(23), 121-140. https://doi.org/10.11606/issn.1983-6023.sank.2019.169158