Vítima silenciosa: violência doméstica contra o idoso no Brasil

Autores

  • Carmen Silvia Molleis Galego Miziara Faculdade de Medicina do ABC
  • Marcela Valério Braga Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina - Departamento de Medicina Legal, Ética Médica, Medicina Social e do Trabalho
  • Fabiana Iglesias Carvalho Faculdade de Medicina do ABC
  • Thiago Victa Teixeira Faculdade de Medicina do ABC
  • Ivan Dieb Miziara Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
  • Daniel Romero Muñoz Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-2770.v20i1p1-8

Palavras-chave:

Maus-Tratos ao Idoso, Violência Doméstica.

Resumo

O crescimento da população idosa é um fenômeno global e com ele as questões médicas e sociais têm assumido destaque. A violência contra as pessoas idosas se tornou problema de saúde pública em consequência do alto índice de morbimortalidade associada a ela. A identificação de idosos submetidos a maus-tratos é dever de todos, principalmente de médicos, para que desfechos negativos não ocorram. A divulgação de informações sobre as características das vítimas e dos agressores e dos principais tipos de violência é uma forma de manter os profissionais de saúde alertas, fato este que justifica a realização deste estudo. Foi realizado estudo descritivo transversal através de informações do Ministério da Saúde sobre as notificações de violência doméstica envolvendo pessoas acima de 60 anos de idade de ambos os sexos. O período analisado foi de janeiro de 2009 a dezembro de 2014. Os resultados do estudo mostraram que o número de notificações de violência doméstica contra o idoso aumentou progressivamente no período analisado, que a maioria das agressões ocorreu na residência das vítimas e os agressores mais frequentes foram os filhos. As mulheres foram as mais agredidas, mas os homens mostraram maior frequência de mortalidade; as agressões físicas e a negligência foram as mais relatadas. Apesar de ter havido crescimento de notificações, esses valores ainda estão distantes da realidade, em função da probabilidade de subnotificação. Os médicos precisam estar alertas quanto às possibilidades de maus-tratos e notificar os casos confirmados ou suspeitos, como determina a lei brasileira.

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Biografia do Autor

  • Carmen Silvia Molleis Galego Miziara, Faculdade de Medicina do ABC

    Faculdade de Medicina do ABC, SP, Brasil.

    Disciplina de Medicina Legal, Deontologia Médica, Bioética e Perícias Médicas. Departamento da Saúde da Coletividade. Faculdade de Medicina do ABC. Avenida Príncipe de Gales, 821 - Santo André. cep: 09060-650.

  • Marcela Valério Braga, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina - Departamento de Medicina Legal, Ética Médica, Medicina Social e do Trabalho
    Médica Residente do Departamento de Medicina Legal, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, Brasil.
  • Fabiana Iglesias Carvalho, Faculdade de Medicina do ABC
    Faculdade de Medicina do ABC, SP, Brasil.
  • Thiago Victa Teixeira, Faculdade de Medicina do ABC
    Faculdade de Medicina do ABC, SP, Brasil.
  • Ivan Dieb Miziara, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
    Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, Brasil.
  • Daniel Romero Muñoz, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
    Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, Brasil.

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Publicado

2015-08-25

Edição

Seção

Artigo

Como Citar

Vítima silenciosa: violência doméstica contra o idoso no Brasil. (2015). Saúde Ética & Justiça , 20(1), 1-8. https://doi.org/10.11606/issn.2317-2770.v20i1p1-8