Prevalência de Burnout em médicos de um Hospital Público de São Paulo

Autores

  • Renato Arimateia Costa Magalhães Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM/USP).
  • Débora Miriam Raab Glina Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM/USP)

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-2770.v11i1-2p29-35

Palavras-chave:

Médicos hospitalares. Médicos/psicologia. Estresse psicológico/prevenção & controle. Condições de trabalho. Local de trabalho/psicologia.

Resumo

Objetivo:

Métodos. Executou-se um estudo de caso em um Hospital Geral Público. Trata-se de um estudo transversal com a aplicação do Maslach Burnout Inventory (MBI) e questionário sócio-demografico em 76 médicos plantonistas que representam cerca de 25% da população total. O MBI é um questionário auto aplicado composto de três escalas: exaustão emocional (EE), realização pessoal (RP) e despersonalização (DE). Resultados e Discussão. Foi encontrado um índice de 11% dos médicos com Síndrome de Burnout que estão dispostos do seguinte modo: 47% dos casos estão na faixa etária dos 31 aos 45 anos; o sexo feminino representa 52% dos casos; os casados representam 67%; já a população com Burnout que não possui filhos representa 67%, 100% realizaram alguma especialização após a graduação e 34% estão no período que corresponde de 11 a 25 anos de formado; na questão “cargo” ou função os casos de Burnout estão distribuídos da seguinte forma:anestesistas com 25% dos casos, cirurgiões com 25%, pediatras 25%, ortopedistas e clínicos com 12,5% cada. Dos médicos ocupantes dos cargos acima descritos, 62% trabalham no pronto socorro e 37,5% em outros setores do hospital; 62,5% deles trabalham mais de 61 horas semanais e 100% possui mais de 03 empregos. Considerações finais . Este estudo demonstrou que, uma pequena parcela dos médicos (11%) apresentou a doença com todas as suas características (EE e DE elevados e PP baixos), contudo, uma grande porcentagem de médicos está a ponto de apresentar a síndrome, dado os elevados índices de exaustão emocional (EE) e despersonalização (DE) (perto de 80% entre moderado e alto), o que só não ocorreu ainda devido à grande realização pessoal na profissão. Verificar a prevalência da Síndrome de Burnout em médicos de um Hospital Público na cidade de São Paulo.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Renato Arimateia Costa Magalhães, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM/USP).
    Médico, especialista em Medicina do Trabalho. Departamento de Medicina Legal, Ética Médica e Medicina Social e do Trabalho da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM/USP).
  • Débora Miriam Raab Glina, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM/USP)
    Psicóloga, Doutora em Psicologia Social e Ergonomista. Departamento de Medicina Legal, Ética Médica e Medicina Social e do Trabalho da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM/USP)

Downloads

Publicado

2006-11-07

Edição

Seção

Artigo

Como Citar

Prevalência de Burnout em médicos de um Hospital Público de São Paulo. (2006). Saúde Ética & Justiça , 11(1-2), 29-35. https://doi.org/10.11606/issn.2317-2770.v11i1-2p29-35