Sintomatologia psíquica e osteomuscular em caixas executivos e relação com a organização do trabalho: o casode um banco estatal no Brasil meridional

Autores

  • Juliana Scopel Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS.
  • Paulo Antonio Barros Oliveira Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS.
  • Jaquelline Campello Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-2770.v12i1-2p33-41

Palavras-chave:

Doenças musculoesqueléticas. Saúde do trabalhador. Riscos ocupacionais. Categorias de trabalhadores. Transtornos traumáticos cumulativos.

Resumo

O artigo tem como objetivo identificar a situação de saúde dos caixas executivos em um banco público de Porto Alegre que vem passando por intenso processo de reestruturação, e os fatores de risco que levam ao adoecimento de seus funcionários.

Material e Métodos: Participaram da pesquisa 138 trabalhadores de 34 agências bancárias. Os dados foram coletados através de questionários estruturados. Para a análise da determinação das relações causais, utilizou-se a estatística analítica e inferencial e para a análise das cargas de trabalho e a forma como determinam o desgaste/ adoecimento, utilizou-se o Teste de Correlação de Pearson. Resultados: As situações problemáticas de trabalho que tiveram maior correlação com a sintomatologia osteomuscular e psíquica referida foram, respectivamente, a atividade estressante, volume de trabalho excessivo, exames médicos insatisfatórios, exigências posturais e cadeiras, equipamentos, máquinas desconfortáveis. As queixas dos fatores da organização do trabalho, psicossociais, do ambiente e do mobiliário são muito freqüentes, indicando a necessidade de modificações no ambiente de trabalho destes bancários. O sexo feminino prevaleceu (59,4% da amostra). A média de horas por dia de trabalho foi de aproximadamente 8 horas e 21 minutos. Houve forte correlação entre situações problemáticas de trabalho e problemas de saúde (88,46% foram significativas). Quanto ao acidente de trabalho, 61 (45,86%) referem que nunca sofreram acidente de trabalho, 38 (52,78%) sofreram doença do trabalho, 25 (34,72%) foram assaltados, 4 (5,55%) sofreram acidente típico, 2 (2.78%) sofreram acidente de trajeto, e 3 (4,17%) sofreram outro tipo de acidente. Conclusão: Identificou-se que os maiores comprometimentos na atividade de caixa de banco são em função do volume excessivo de trabalho, da exigência de esforço mental e principalmente as posturas inadequadas com a cabeça, mãos e braços. O estresse e as jornadas de trabalho, que costumam ser longas, favorecem o comprometimento do bem estar e a saúde do caixa, na busca, pelo mesmo, em conseguir atender a demanda de serviços existentes.

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Biografia do Autor

  • Juliana Scopel, Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS.
    Fisioterapeuta, Aluna do Curso de Especialização em Saúde e Trabalho da Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS.
  • Paulo Antonio Barros Oliveira, Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS.
    Professor Adjunto de Medicina Social, PPG Epidemiologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul DMS/FAMED/UFRGS.
  • Jaquelline Campello, Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS.
    Médica do Trabalho, Mestre em Engenharia de Produção.

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Publicado

2007-11-07

Edição

Seção

Sumário

Como Citar

Sintomatologia psíquica e osteomuscular em caixas executivos e relação com a organização do trabalho: o casode um banco estatal no Brasil meridional. (2007). Saúde Ética & Justiça , 12(1-2), 33-41. https://doi.org/10.11606/issn.2317-2770.v12i1-2p33-41