Cinema, intermidialidade e métodos historiográficos: o Árido Movie em Pernambuco
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2016.111446Palavras-chave:
cinema e intermidialidade, método historiográfico, cinema e música em PernambucoResumo
O artigo diz respeito à historiografia do cinema, procurando investigar a possibilidade de compreensão da intermidialidade como método historiográfico. Parte das proposições de Lúcia Nagib sobre “políticas da impureza”, por sua vez pautadas pela noção de “cinema impuro”, de André Bazin, cotejando-as com os “fenômenos intermidiáticos” apresentados por Irina Rajewsky e também com a “historiografia de metodologias” da intermidialidade nos filmes, tal como proposta por Ágnes Pethö. Como estudo de caso, considera a produção do cinema de Pernambuco, com maior interesse no longa metragem Baile perfumado (1996), embora referindo outras obras dos anos 1990 aos dias atuais.
Downloads
Referências
BARTHES, R. A câmara clara: nota sobre a fotografia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
BAZIN, A. “Pour un cinéma impur – défense de l’adaptation”. In. Qu’est-ce que le cinéma? Paris: CERF, 2013, p. 81-106 .
BERNARDET, J.-C. Historiografia clássica do cinema brasileiro: metodologia e pedagogia. São Paulo: Annablume, 1995.
BOLTER, J. D.; GRUSIN, R. Remediation: understending new media. MA: The MIT Press, 1999.
CASTRO, J. Geografia da fome: a fome no Brasil. Rio de Janeiro: O Cruzeiro, 1946.
_______. Geopolítica da fome. Rio de Janeiro: Casa do Estudante do Brasil, 1951.
_______. Homens e caranguejos. Porto: Ed. Brasília, 1967.
CHION, M. A audiovisão – som e imagem no cinema. Trad. Pedro Elói Duarte. Lisboa: Texto & Grafia, 2011.
CUNHA, P. (org.). Relembrando o cinema pernambucano. Recife: Editora Massangana, 2006.
DELEUZE, G. A imagem-tempo: cinema 2. Trad. Rafael Godinho. Lisboa: Assírio e Alvim, 2006.
DELEUZE, G. A imagem-movimento: cinema 1. Trad. Souza Dias. 2ª ed. Lisboa: Assírio e Alvim, 2009.
DERRIDA, J. Writing and difference. London/New York: Routledge & Kegan Paulo, 2002.
FIGUEIRÔA, A. Cinema pernambucano: uma história em ciclos. Recife: Fundação de Cultura da Cidade do Recife, 2000.
FONSECA, N. Da lama ao cinema: interfaces entre o cinema e a cena mangue em Pernambuco. Dissertação (Mestrado em Comunicação) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2006.
FOUCAULT, M. “Of other spaces, heterotopias”. Diacritics, no. 16 (Spring), 22-27, 1986.
HANSEN, M. “The mass production of the senses: classical cinema as vernacular modernism”. In. GLEDHILL, C; WILLIAMS, L. (eds.). Reinventing film studies. London: Arnold, 2000, p. 332-351.
LEÃO, C. A maravilha mutante: batuque, sampler e pop na música pernambucana dos anos 90. Dissertação (Mestrado em Comunicação) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2002.
LEÃO, C. A nova velha cena: a ascensão da vanguarda mangue no campo da cultura recifense. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal de Pernambuco,Recife, 2008.
LYOTARD, J. F. Discours, figure. Paris: Klincksieck, 2002.
NAGIB, L. O cinema da retomada – depoimento de noventa cineastas dos anos 90. São Paulo: Editora 34, 2002.
_______. “Politics of impurity”. In. NAGIB, L.; JERSLEV, A. (eds). Impure cinema: intermedial and intercultural approaches to film. London, New York: I.B. Taurus, 2014, p. 21-39.
NOGUEIRA, A. M. C. O novo ciclo do cinema em Pernambuco – a questão do estilo. Recife: Editora da UFPE, 2009.
ODIN, R. “Filme documentário, leitura documentarizante”. Significação, nº 37, 2012, p. 10-30. Disponível em: http://www.usp.br/significacao/pdf/37_odin.pdf
PAIVA, S. “Um road movie na rota do sertão-mar”. In: MACHADO, R.; SOARES, R.L.; ARAÚJO, L.C. (orgs.). Estudos de cinema Socine. São Paulo: Annablume, 2007, p. 171-179.
______. “Do curta ao longa: relações estéticas no cinema contemporâneo de Pernambuco”. In. HAMBURGER, E. et al. (orgs.). Estudos de cinema Socine. Local da publicação, editora, 2008, p. 99-107.
______.“O deslocamento do sujeito masculino no sertão contemporâneo: estudos de caso na literatura e no cinema”. In. VICENTE, A.L.; JUNQUEIRA, R.S. (org.). Teatro, cinema e literatura: confluências. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2014, p. 75-92.
PETHÖ, A. “Intermediality in film: a historiography of methodologies”. In. Cinema and intermediality: the passion for the in-between. UK: Cambridge Scholars Publishing, 2011, p. 19-54.
RAJEWSKY, I. “A fronteira em discussão: o status problemático das fronteiras midiáticas no debate contemporâneo sobre intermidialidade”. In: DINIZ, T.F.N.; VIEIRA, A.S. (orgs.). Intermidialidade e estudos interartes: desafios da arte contemporânea 2. Belo Horizonte: Rona Editora: FALE/UFMG, 2012, p. 51-74.
RANCIÈRE, J. A partilha do sensível: estética e política. Trad. Mônica Costa Netto. São Paulo: Editora 34, 2005.
______. Dissensus: On politics and aesthetics. Trad. Steven Corcoran. New York/London, Continuum, 2010.
VARGAS, H. Hibridismos musicais de Chico Science & Nação Zumbi. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2007.
Referências Audiovisuais
A FILHA do advogado. Jota Soares, Brasil, 1926.
BAILE perfumado. Lírio Ferreira e Paulo Caldas, Brasil, 1996.
CARTOLA, música para os olhos. Lírio Ferreira e Hilton Lacerda, Brasil, 2007.
DOGVILLE. Lars von Trier, Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia, Reino Unido, França, Alemanha e Países Baixos, 2003.
HISTOIRE(S) du cinema. Jean-Luc Godard, França, 1999.
MEMÓRIA do cangaço. Paulo Gil Soares, Brasil, 1965.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2016 Samuel Paiva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista para fins não comerciais.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.