A música em 2001: uma odisseia no espaço e o objeto sublime do cinema

Autores

  • Pedro Groppo Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2022.192902

Palavras-chave:

Música, Trilha sonora, Sublime, Espectador, Psicanálise

Resumo

Um elemento estilístico notável de 2001: Uma odisseia no espaço (1968) é o uso inovador da música clássica, que, isolada do diálogo ou dos efeitos sonoros, ganha uma dimensão autônoma de sentido. A partir do conceito de “música anempática” de Michel Chion, postulamos que duas obras musicais, a fanfarra Also sprach Zarathustra e a valsa do Danúbio Azul, possuem funções formais e narrativas bastante específicas, a serem analisadas aqui em termos dos conceitos de Lacan do imaginário e o simbólico, o olhar, a sutura e o sublime kantiano. Nosso objetivo é abordar e desenvolver a formulação de Annette Michelson, em sua crítica seminal, de que 2001 é um filme de reestruturação cognitiva e redefinição da “forma do conteúdo” do cinema, através do papel da música.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Pedro Groppo, Universidade Federal da Paraíba

    Professor at the Department of Modern Foreign Languages at Universidade Federal da Paraíba (UFPB), with doctoral and master’s degrees in Literary Studies from Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Referências

BUKATMAN, S. “The artificial infinite: on special effects and the sublime”. In: KUHN, A. (org.). Alien Zone II: the spaces of science-fiction cinema. London: Verso, 1999. p. 249-274.

CHION, M. Kubrick’s cinema odyssey. London: BFI, 2001.

COPJEC, J. “The orthopsychic subject: film theory and the reception of Lacan”. In: COPJEC, J. Read my desire: Lacan against the historicists. Cambridge: MIT Press, 1994. p. 15-38.

KANT, I. Critique of the power of judgment. Cambridge: Cambridge University Press, 2009.

KOLKER, R. Cinema of loneliness. Oxford: Oxford University Press, 2001.

KUBRICK, S. “Interview with Joseph Gelmis”. In: PHILLIPS, G. (org.). Stanley Kubrick: interviews. Oxford: U. P. Mississippi, 2001. p. 80-104.

LACAN, J. Seminar XI: the four fundamental concepts of psycho-analysis. New York: Norton, 1998.

MICHELSON, A. “Bodies in space: film as carnal knowledge”. In: SCHWAM, S. (org.). The making of 2001: A Space Odyssey. New York: Modern Library, 2000. p. 194-215.

MULHALL, S. On Film. London: Routledge, 2001.

PIPPIN, R. Filmed thought: cinema as reflective form. Chicago: University of Chicago Press, 2020.

SONTAG, S. “Fascinating fascism”. In: NICHOLS, B. (org.). Movies and methods. Berkeley: UC Press, 1976. v. 1. p. 31-43.

TYGEL, D. A música no espírito do filme: música e narrativa no cinema. 2017. Dissertação (Mestrado em Música) – Centro de Letras e Artes, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017.

WHITE, S. “Kubrick’s obscene shadows”. In: KOLKER, R. (org.). Stanley Kubrick’s 2001: A Space Odyssey: new essays. Oxford: Oxford University Press, 2006. p. 127-145.

ZIZEK, S. “The Hitchcockian blot”. In: ZIZEK, S. Looking awry: an introduction to Jacques Lacan through popular culture. Cambridge: MIT Press, 1992. p. 88-106.

ZIZEK, S. “The wound is healed only by the spear that smote you”. In: ZIZEK, S. Tarrying with the negative. Ithaca: Duke University Press, 1993. p. 165-199.

Downloads

Publicado

2022-09-02

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

A música em 2001: uma odisseia no espaço e o objeto sublime do cinema. (2022). Significação: Revista De Cultura Audiovisual, 49(58), 192902. https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2022.192902