Ficção e rastros documentais: cotidiano, espaço e território no cinema de Miguel Gomes

Autores

  • Daniela Zanetti Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)
  • Natália Ramos Universidade Aberta de Lisboa (UAb)

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2017.125130

Palavras-chave:

Cotidiano, espaço, território, cinema.

Resumo

Numa abordagem cultural aplicada ao campo do audiovisual, este trabalho articula os conceitos de cotidiano, espaço e território, em busca de um modo de análise fílmica que problematize a representação de espaços e a produção de territorialidades a partir da compreensão do cotidiano, tomando como objeto de estudo filmes que mesclam ficção e documentário.Objetiva-se, com isso, a identificação de dimensões documentais em narrativas audiovisuais de ficção. Para tanto, tem-se como objeto de aplicação desse modelo de análise a obra do cineasta português Miguel Gomes, em especial seu último filme, As Mil e Uma Noites (2015), composto de três volumes. 

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Biografia do Autor

  • Daniela Zanetti, Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)

    Doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Territorialidades e do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

  • Natália Ramos, Universidade Aberta de Lisboa (UAb)
    Professora Associada da Universidade Aberta de Lisboa (UAb). Investigadora Responsável pelo Grupo Saúde, Cultura e Desenvolvimento, do Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais (CEMRI).

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Referências audiovisuais

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AS MIL e uma noites. Criação: Miguel Gomes. Portugal, 2015. 3 volumes.

TABU. Criação: Miguel Gomes. Portugal, 2012.

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Publicado

2017-07-13

Como Citar

Ficção e rastros documentais: cotidiano, espaço e território no cinema de Miguel Gomes. (2017). Significação: Revista De Cultura Audiovisual, 44(47), 90-113. https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2017.125130