O “ato da imagem” de Bredekamp: ontologia e presença dos artefatos visuais
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2022.181203Palavras-chave:
Ato da imagem, Artefatos visuais, OlharResumo
Imagens são entidades vivas que assaltam os olhos. Essa é a ideia por trás do conceito de “ato da imagem”, desenvolvido pelo historiador de arte alemão Horst Bredekamp, que se propôs a repensar uma problemática nos estudos da imagem: a dependência de modelos baseados em teorias linguísticas. Em seu estudo sistemático dos mais variados artefatos visuais desde a pré-história, ele propõe três variações do ato da imagem – esquemática, substitutiva e intrínseca – que atuam com sua potência latente específica sobre a visão e o corpo do espectador. Neste artigo buscamos apresentar tal conceito a partir de uma breve contextualização, explicando as suas três variações para, assim, evidenciar e concluir que há uma dimensão ontológica e uma autonomia inumana dos diversos artefatos visuais.
Downloads
Referências
AUSTIN, J. L. How to do things with words. Cambridge: Mass, 1962.
BELTING, H. “Imagem, mídia e corpo: uma nova abordagem à iconologia”. Ghrebh – Revista de Comunicação, Cultura e Teoria da Mídia, São Paulo, v. 1, n 8, p. 32-60, 2006.
BOEHM, G. Was ist ein Bild? Munich: Wilhelm Fink Verlag, 1994.
BREDEKAMP, H. “A neglected tradition: art history as Bildwissenschaft”. Critical Inquiry, Chicago, v. 29, n. 3, p. 418-428, 2003.
BREDEKAMP, H. Image Acts: a systematic approach to visual agency. Boston: De Gruyter, 2017.
BREDEKAMP, H.; KROIS, J. M. Actus et imago. Berlim: Akademie Verlag, 2011.
CUSA, N. Complete philosophical and theological treatises of Nicholas of Cusa. Minneapolis: 1988.
GAIGER, J. “The idea of a universal Bildwissenschaft”. Estetika: The European Journal of Aesthetics, Helsinki, v. 51, n. 2, p. 208-229, 2014.
JAY, M. Songs of experience: modern American and European variations on a universal theme. Berkeley: University of California Press, 2005.
MITCHELL, W. J. T. “The Pictorial Turn”. In: MITCHELL, W. J. T. Picture theory: essays on verbal and visual representation. Chicago: S. n., 1994. p. 11-34.
MOXEY, K. “Visual Studies and the Iconic Turn”. Journal of Visual Culture, London, v. 7, n. 2, p. 131-146, 2008.
SANTIAGO JÚNIOR, F. “A virada e a imagem: histórica teórica do pictorial/iconic/visual turn e suas implicações para as humanidades”. Anais do Museu Paulista, São Paulo, v. 27, p. 1-51, 2019.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Frederico Feitoza
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista para fins não comerciais.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.