O “ato da imagem” de Bredekamp: ontologia e presença dos artefatos visuais

Autores

  • Frederico Feitoza

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2022.181203

Palavras-chave:

Ato da imagem, Artefatos visuais, Olhar

Resumo

Imagens são entidades vivas que assaltam os olhos. Essa é a ideia por trás do conceito de “ato da imagem”, desenvolvido pelo historiador de arte alemão Horst Bredekamp, que se propôs a repensar uma problemática nos estudos da imagem: a dependência de modelos baseados em teorias linguísticas. Em seu estudo sistemático dos mais variados artefatos visuais desde a pré-história, ele propõe três variações do ato da imagem – esquemática, substitutiva e intrínseca – que atuam  com sua potência latente específica sobre a visão e o corpo do espectador. Neste artigo buscamos apresentar tal conceito a partir de uma breve contextualização, explicando as suas três variações para, assim, evidenciar e concluir que há uma dimensão ontológica e uma autonomia inumana dos diversos artefatos visuais.

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Biografia do Autor

  • Frederico Feitoza

    Doutor em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Mestre em Comunicação pela mesma instituição. Fez estágio de doutoramento (Capes) na Universidade de Leeds, Reino Unido. Formado em Jornalismo pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e especialista em Jornalismo Cultural pela Fundação Francisco Mascarenhas.

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Publicado

2022-02-04

Como Citar

O “ato da imagem” de Bredekamp: ontologia e presença dos artefatos visuais. (2022). Significação: Revista De Cultura Audiovisual, 49(57), 181-197. https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2022.181203