Paratextos, programas de ação?
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2015.103655Palavras-chave:
Cibercultura, Comunicação, Game Studies,Resumo
Este artigo tem como intuito contribuir para com a discussão acerca do modo através do qual os elementos relativos a uma mídia incidem sobre sua experiência. Na década de 1980, Gérard Genette escreveu um tratado acerca do modo como títulos e prefácios enquadravam a experiência textual. Estes paratextos foram apropriados por Mia Consalvo para discursar a respeito de conteúdo apropriado a partir dos jogos eletrônicos. Nossa questão, portanto, recai sobre a relação entre videogames e seus paratextos: consistem estes em meros adendos à experiência – adereços, intermediários – ou serão eles capazes de agenciar comportamentos, mediar relações, sugerir o rumo das ações tomadas em um mundo cuja própria existência depende destas, para fazer sentido?
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