Onde andará a bicha melancólica?

Autores

  • Ricardo Duarte Filho Universidade Federal do Rio de Janeiro; New York University

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2019.144666

Palavras-chave:

artifício, cinema brasileiro contemporâneo, cinema queer, melancolia

Resumo

O presente artigo pretende discutir como a presença de uma melancolia queer pode gerar novas possibilidades criadoras. Para tal, pretendo discorrer brevemente sobre as ideias de melancolia como falta e fantasmagoria e então as contrapor à ideia da melancolia como produção e estetização, especialmente como suscitadas pelo filme brasileiro Doce Amianto (2013), de Guto Parente e Uirá dos Reis. O artigo argumenta que a bicha melancólica, por recusar o seu presente através de sua estetização melancólica, possibilita a criação de novas formas de vida para o sujeito queer e como essa visão possibilitaria instigantes escolhas estéticas dentro do campo cinematográfico.

Palavras-chaves: artifício; cinema brasileiro contemporâneo; cinema queer; melancolia.

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Biografia do Autor

  • Ricardo Duarte Filho, Universidade Federal do Rio de Janeiro; New York University

    Mestre em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Doutorando em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e em Spanish and Portuguese Languages and Cultures pela New York University. Pesquisa financiada com recursos do CNPq.

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Publicado

2019-01-31

Como Citar

Onde andará a bicha melancólica?. (2019). Significação: Revista De Cultura Audiovisual, 46(51). https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2019.144666