Filmes de prédio: espaço, arquitetura e heterotopia em filmes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2021.171895

Palavras-chave:

Fiilmes pernambucanos, Espaço, Arquitetura, Heterotopia

Resumo

Este artigo propõe investigar as particularidades das representações do espaço urbano e da paisagem arquitetônica da cidade do Recife nos filmes Deserto feliz (2008), de Paulo Caldas, Um lugar ao sol (2009), de Gabriel Mascaro, e Aquarius (2016), de Kleber Mendonça Filho. Discute-se aqui sobre como essas representações servem como estruturas que delineiam a imaginação geográfica sobre o espaço e a paisagem recifense, atribuindo significado à experiência de vivência do lugar e à correlação existente entre as paisagens real e fílmica da cidade, contextualizadas em uma ordem socioespacial que se institui como heterotópica.

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Biografia do Autor

  • Maria Helena Braga e Vaz da Costa, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

    Pós-doutora em Cinema pelo International Institute – University of California at Los Angeles (UCLA) – USA; doutora e mestra em Estudos de Mídia pela University of Sussex – Inglaterra; graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq; professora titular do Departamento de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); Atua como pesquisadora na área de Cinema no contexto dos seguintes temas: estudos sobre a imagem fílmica e o espaço; olhares imagéticos sobre a cidade, a arquitetura e o espaço urbano; cultura visual; culturas moderna e pós-modernidade.

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Publicado

2021-01-30

Edição

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Artigos

Como Citar

Filmes de prédio: espaço, arquitetura e heterotopia em filmes. (2021). Significação: Revista De Cultura Audiovisual, 48(55), 74-95. https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2021.171895