Na pista do crime: o policial argentino como gênero em Betibú

Autores

  • Luiza Lusvarghi Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2015.103653

Palavras-chave:

Ficção policial, neonoir, neopolicial, cinema argentino, cinema brasileiro

Resumo

Entre 2010 e 2014, o policial argentino viveu um de seus períodos mais efervescentes, com “O Segredo dos seus olhos” (2010), de Juan José Campanella, que conquistou um Oscar, “Tese sobre um homicídio” (2013), de Hernán Goldfrid, êxito de bilheteria e crítica, e “Betibú” (2014), de Michel Cohen, película que lança um novo olhar sobre o gênero e sobre a realidade do país. A narrativa policial na Argentina está ligada à  tradição literária, que teve em Jorge Luís Borges e Bioy Casares fortes defensores, de um lado, e de outro ao desenvolvimento da indústria cinematográfica, entre 1933 a 1942, com destaque para “Fuera de la ley” (1937), de Manuel Romero. A trama de investigação com toque noir está presente em “Betibú”, que mescla elementos do gênero criminal e de suspense, e critica a mídia e a vida nas cidades globais.

Palavras-chave: Ficção policial; neonoir; neopolicial; cinema argentino; cinema brasileiro.

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Biografia do Autor

  • Luiza Lusvarghi, Universidade de São Paulo
    Luiza Lusvarghi é pós-doutoranda (PNPD-Capes) do Departamento de Comunicação e Artes da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, com uma pesquisa sobre Ficção Seriada Criminal Latino-Americana.  Ela possui bacharelado em Jornalismo (PUC-SP), em Literatura Brasileira e Inglesa (FASB); mestrado e doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo, e Pós-Doutorado em Ciências da Comunicação pela UFPE.

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Publicado

2015-12-18

Como Citar

Na pista do crime: o policial argentino como gênero em Betibú. (2015). Significação: Revista De Cultura Audiovisual, 42(44), 193-211. https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2015.103653