Câncer como Manifestação Ambiental

Autores

  • Theo Costa Duarte Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2020.151648

Palavras-chave:

Câncer, Glauber Rocha, Hélio Oticica, Apolicapopótese, cinema experimental

Resumo

Este artigo visa analisar e discutir algumas sequências de Câncer (1968), de Glauber Rocha, aproximando-as com conceitos e proposições de Hélio Oiticica e Rogério Duarte do mesmo período de produção do filme em que também atuaram, notadamente com a Manifestação Ambiental Apocalipopótese. Observa-se nessa aproximação uma confluência de interesses na criação de tênues estruturas processuais lúdicas nas quais o acaso, a participação coletiva e a improvisação dos participantes têm papel preponderante.

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Biografia do Autor

  • Theo Costa Duarte, Universidade de São Paulo

    Theo Duarte é doutor no Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais da ECA-USP (2017). Possui graduação em Comunicação Social (Jornalismo) pela Universidade Federal de Minas Gerais (2008) e mestrado em Estudos de Cinema e Audiovisual pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense (2012). Tem experiência na área de Comunicação Visual e Cinema, atuando principalmente nos seguintes temas: cinema experimental, cinema brasileiro moderno e teorias do cinema. Também tem experiência como curador e programador de cinema.

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Publicado

2020-05-04

Como Citar

Câncer como Manifestação Ambiental. (2020). Significação: Revista De Cultura Audiovisual, 47(53), 243-264. https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2020.151648