Músculos, Exú e axé e no realismo performativo de Esse amor que nos consome

Autores

  • Ruy Cézar Campos Figueiredo Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2020.160170

Palavras-chave:

Visualidade háptica, Realismo performativo, Fenomenologia, Exu

Resumo

Analisam-se cenas e se destacam eventos do filme Esse amor que nos consome (2012), de Allan Ribeiro, a partir de uma abordagem fenomenológica e tátil dos estudos fílmicos presente em autoras como Laura Marks, Vivian Sobchack e Jennifer Barker. Tal abordagem chama atenção para a corporificação, que no filme aqui analisado ganha características peculiares do modo afro-brasileiro de se relacionar com o corpo, considerando outras ontologias no relacionamento com a realidade e sua performance cinematográfica.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Ruy Cézar Campos Figueiredo, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

    Artista e pesquisador. Desenvolve projetos com videoarte, performance e instalação. Tem destacado fluxos discretos de circulação de dados e materialidades, performado paisagens infraestrutural e ambientalmente contaminadas, abordado materialidades midiáticas no contexto do Antropoceno, explorado epistemologias da arte e da arqueologia das mídias e investigado modos de corporificação em vídeos compartilhados. Atualmente é doutorando em Tecnologias da Comunicação e Cultura pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Participou de bienais, exposições e festivais de videoarte.

Referências

ALLAN Ribeiro. [S. l.: s. n.], 2013. 1 vídeo (15 min). Publicado pelo canal Aristeu Araújo. Disponível em: https://vimeo.com/74003469. Acesso em: 15 mar. 2019.

BARKER, J. M. The tactile eye: touch and the cinematic experience. Berkeley: University of California Press, 2009.

DAMATTA, R. A casa e a rua: espaço, cidadania, mulher e morte no Brasil. Rio de Janeiro: Rocco, 1997.

ELSAESSER, T. Film theory: an introduction through the senses. New York: Routledge, 2015.

INGAWANIJ, M. A. “O animismo e o cinema realista performativo de Apichatpong Weerasethakul”. In: MELLO, C. (org.). Realismo fantasmagórico. São Paulo: Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, 2015. p. 245-267.

MACDOUGALL, D. The corporeal image: film, ethnography, and the senses. Princeton: Princeton University Press, 2006.

MACHADO, V. Pele da cor da noite. Salvador: Edufba, 2013.

MARKS, L. U. The skin of the film: intercultural cinema, embodiment, and the senses. Durham: Duke University Press, 2000.

MARRERO-GUILLAMÓN, I. “The politics and aesthetics of non-representation: re-imagining ethnographic cinema with Apichatpong Weerasethakul”. Antípoda, Bogotá, v. 1, n. 33, p. 13-32, 2018.

REICHERT, A-S. “How to begin, again. Relational Embodiment in Time Arts & Anthropology”. Cadernos de Arte e Antropologia, Salvador, v. 5, n. 1, p. 78-95, 2016.

SOBCHACK, V. “What my fingers knew: the cinesthetic subject, or vision in the flesh”. Senses of Cinema, Melbourne, abr. 2000. Disponível em: https://bit.ly/2Ua2mzn. Acesso em: 3 jun. 2020.

SODRÉ, M. Pensar nagô. Petrópolis: Vozes, 2017.

STEVENSON, N. Cultural citizenship: cosmopolitan questions. Maidenhead: Open University Press, 2003.

SZTUTMAN, R. “Imagens perigosas: a possessão e a gênese do cinema de Jean Rouch”. Cadernos de Campo, São Paulo, v. 13, n. 13, p. 115-124, 2005.

VIVEIROS DE CASTRO, E. Metafísicas canibales: líneas de antropologia postestructural. Barcelona: Katz, 2010.

Referências audiovisuais

ESSE AMOR que nos consome. Allan Ribeiro, Brasil, 2012.

LES MAÎTRES fous. Jean Rouch, França, 1957.

Publicado

2020-07-09

Como Citar

Músculos, Exú e axé e no realismo performativo de Esse amor que nos consome. (2020). Significação: Revista De Cultura Audiovisual, 47(54), 141-158. https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2020.160170