Fazer ver, fazer cidade: o reemprego como desvio e invenção

Autores

  • Érico Araújo Lima Universidade Federal do Ceará
  • Aline Portugal Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2020.160513

Palavras-chave:

Cinema brasileiro, Cidade, Visualidades, Reemprego, Desvio

Resumo

Este artigo busca sublinhar o íntimo contágio entre maneiras de elaborar o visível e formas de produzir uma cidade, a partir de dois filmes brasileiros realizados nos últimos anos: Nunca é noite no mapa (2016), de Ernesto de Carvalho, e Entretempos (2015), de Frederico Benevides e Yuri Firmeza. Com uma atenção aos modos singulares através dos quais esses filmes interrogam e confrontam determinadas representações visuais do espaço urbano, propomos uma reflexão acerca das relações que se estabelecem entre as tecnologias do visível e as tecnologias de controle e gestão das populações, com ênfase no gesto crítico dos filmes, que também atuam na composição das cidades.

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Biografia do Autor

  • Érico Araújo Lima, Universidade Federal do Ceará

    Doutor em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense (UFF) na Linha de Estudos do Cinema e do Audiovisual, e pela Paris 3 (Université Sorbonne Nouvelle) em Estudos Cinematográficos e Audiovisuais. Mestre em Comunicação pela Universidade Federal do Ceará (UFC) na linha de fotografia e audiovisual e graduado em Comunicação Social também pela UFC. Atualmente é professor substituto no Instituto de Cultura e Arte da UFC.

  • Aline Portugal, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Doutoranda em Comunicação e Cultura pela UFRJ e mestre em Estudos de Cinema e Audiovisual pela UFF.

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Publicado

2020-07-09

Como Citar

Fazer ver, fazer cidade: o reemprego como desvio e invenção. (2020). Significação: Revista De Cultura Audiovisual, 47(54), 159-179. https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2020.160513