Reportagem em vídeo 360°: um estudo do efeito percebido em terceiros

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2022.185159

Palavras-chave:

Jornalismo experiencial, Jornalismo imersivo, Narrativas audiovisuais, Reportagem em vídeo 360°, Efeito de terceira pessoa

Resumo

Esta pesquisa testou o modelo denominado efeito de terceira pessoa com uma reportagem em vídeo 360°, narrativa audiovisual imersiva que está dentro do escopo do jornalismo experiencial e do jornalismo imersivo. Operamos com as hipóteses clássicas de que as pessoas tendem a perceber que a mídia influencia mais os outros do que a si mesmas (componente perceptual) e, a partir disso, têm uma maior propensão a apoiar medidas de controle ou censura (componente comportamental). Realizamos um experimento com estudantes universitários com aplicação de questionário. Os resultados indicaram tanto uma tendência à expressão dos dois componentes quanto do moderador distância social.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Luciellen Souza Lima, Universidade Federal da Bahia

    Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Mestra em Jornalismo pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

  • Raul Ramalho, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

    Doutor em Estudos da Mídia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e em Ciências da Comunicação pela Universidade da Beira Interior (UBI, Portugal), sob o regime de cotutela. Mestre em Jornalismo pela UFPB.

Referências

CHENG, Y.; CHEN, Z. F. “The influence of perceived fake news influence: examining public support for corporate corrective response, media literacy intervention, and governmental regulation”. Mass Communication and Society, London, v. 23, n. 5, p. 705-729, 2020.

COSTA, L. Jornalismo imersivo de realidade virtual: aspectos teóricos e técnicos para um modelo narrativo. Covilhã: LabCom.IFP, 2019.

DAVISON, W. P. “The third-person effect in communication”. Public Opinion Quarterly, Oxford, Oxford, v. 47, n. 1, p. 1-15, 1983.

DE LA PEÑA, N. et al. “Immersive journalism: immersive virtual reality for the first-person experience of news”. Presence, Cambridge, v. 19, n. 4, p. 291-301, 2010.

DOMÍNGUEZ, E. “Periodismo inmersivo o cómo la realidad virtual y el videojuego influyen en la interfaz e interactividad del relato de actualidad”. El Profesional de la Información, Barcelona, v. 24, n. 4, p. 413-423, 2015.

DOMÍNGUEZ, E. Periodismo inmersivo: fundamentos para una forma periodística basada en la interfaz y en la acción. 2013. Tese (Doutorado em Comunicação) – Universitat Ramon Llull, Barcelona, 2013.

FONSECA, A. A. A imersão como categoria estruturante e indutora de inovações no jornalismo em redes digitais. 2020. Tese (Doutorado) – Faculdade de Comunicação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2020.

FONSECA, A. A.; LIMA, L. S.; BARBOSA, S. O. “Análise da experiência no jornalismo orientado à imersão”. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISADORES EM JORNALISMO, 18., 2020, Brasília, DF. Anais […]. Brasília, DF: SBPJor, 2020a.

FONSECA, A. A.; LIMA, L. S.; BARBOSA, S. O. “Jornalismo imersivo: dez anos de pesquisa e produções”. International Journal on Stereo & Immersive Media, Lisboa, v. 3, n. 1, p. 72-89, 2019.

FONSECA, A. A.; LIMA, L. S.; BARBOSA, S. O. “Uma proposta de framework teórico para a análise da experiência no jornalismo imersivo”. E-compós, Brasília, DF, v. 23, p. 1-30, 2020b.

GOLAN, G. J.; DAY, A. G. “The first-person effect and its behavioral consequences: a new trend in the twenty-five year history of third-person effect research”. Mass Communication and Society, London, v. 11, n. 4, p. 539-556, 2008.

GOMES, M. R. “Sobre supervisão e controle: um exercício em torno da classificação indicativa”. MATRIZes, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 127-147, 2013.

GOMES, M. R.; LIMBERTO, A. L. “Trajetória de um estudo sobre censura, classificação indicativa e os desafios das mídias digitais”. In: MACEDO, A. X. N.; PIRES, D. U. B. S.; ANJOS, F. A. (org.). A experiência da classificação indicativa no Brasil. Brasília, DF: Ministério da Justiça: Secretaria Nacional de Justiça, 2014. p. 104-121.

GOMES, W.; BARROS, S. “Influência da mídia, distância moral e desacordos sociais: um teste do efeito de terceira pessoa”. In: FRANÇA, V. V.; ALDÉ, A.; RAMOS, M. C. (org.). Teorias da Comunicação no Brasil. Salvador: EDUFBA, 2014. p. 265-266.

JENKINS, H. Cultura da Convergência. São Paulo: Aleph, 2009.

LAMBE, J. L.; MCLEOD, D. M. “Understanding third-person perception processes: predicting perceived impact on self and others for multiple expressive contexts”. Journal of Communication, Washington, DC, v. 55, n. 2, p. 277-291, 2005.

LEMOS, A.; OLIVEIRA, F. “Fake news no WhatsApp. Um estudo da percepção dos efeitos em terceiros”. C&S, São Bernardo do Campo, v. 42, n. 1, p. 193-227, 2020.

LIU, P. L.; HUANG, L. V. “Digital disinformation about COVID-19 and the third-person effect: examining the channel differences and negative emotional outcomes”. Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking, Larchmont, v. 23, n. 11, p. 789-793, 2020.

MASLOVA, P. Immersive journalism: user experience of virtual reality storytelling. A case study of the VR film ‘Our Home, Our People’. 2018. Dissertação (Mestrado em Comunicação Global e Jornalismo Internacional) – Saint Petersburg State University, Saint Petersburg, 2018.

MCLEOD, D. M.; EVELAND, W. P.; NATHANSON, A. I. “Support for censorship of violent and misogynic rap lyrics: an analysis of the third-person effect”. Communication Research, London, v. 24, n. 2, p. 153-174, 1997.

PASE, A. F.; VARGAS, F. P.; ROCHA, G. JoRValismo: práticas e reflexões sobre o jornalismo e a realidade virtual. São Leopoldo: Oikos, 2019.

PAULINO, F. O.; SILVA, L. M.; REIS, J. “Classificação indicativa: desafios futuros e implicações jornalísticas”. In: MACEDO, A. X. N.; PIRES, D. U. B. S.; ANJOS, F. A. (org.). A experiência da classificação indicativa no Brasil. Brasília, DF: Ministério da Justiça: Secretaria Nacional de Justiça, 2014. p. 93-102.

PAVLIK, J. Journalism in the age of virtual reality: how experiential media are transforming news. New York: Columbia University Press, 2019.

PEISER, W.; PETER, J. “Explaining individual differences in third-person perception. A limits/possibilities perspective”. Communication Research, London, v. 28. n. 2, p. 158-180, 2001.

PERLOFF, R. M. “The third person effect: a critical review and synthesis”. Media Psychology, London, v. 1, n. 4, p. 353-378, 1999.

SALWEN, M. B. “Perceptions of media influence and support for censorship: the third-person effect in the 1996 presidential election”. Communication Research, London, v. 25, n. 3, p. 259-285, 1998.

SCHARRER, E.; LEONE, R. “First-person shooters and the third-person effect”. Human Communication Research, London, v. 34, n. 2, p. 210-233, 2008.

SCHWEISBERGER, V.; BILLINSON, J.; CHOCK, T. M. “Facebook, the third-person effect, and the differential impact hypothesis”. Journal of Computer-Mediated Communication, Oxford, v. 19, n. 3, p. 403-413, 2014.

SILVA, F. F. “Realidade virtual no jornalismo: tensionamento conceitual e curva de oscilação”. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 40., 2017, Curitiba. Anais […]. Curitiba: Intercom, 2017. Disponível em: https://bit.ly/3vKd0Qg. Acesso em: 23 abr. 2021.

STEIBEL, F. “Classificação indicativa: uma análise do estado da arte da pesquisa sobre o tema no Brasil”. In: MACEDO, A. X. N.; PIRES, D. U. B. S.; ANJOS, F. A. (org.). A experiência da classificação indicativa no Brasil. Brasília, DF: Ministério da Justiça: Secretaria Nacional de Justiça, 2014. p. 27-49.

USKALI, T.; GYNNILD, A.; SIRKKUNEN, E.; JONES, S. “Forecasting future trajectories for immersive journalism”. In: USKALI, T.; GYNNILD, A.; JONES, S.; SIRKKUNEN, E. (ed.). Immersive journalism as storytelling. London: Routledge, 2020. p. 188-196.

Downloads

Publicado

2022-09-02

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Reportagem em vídeo 360°: um estudo do efeito percebido em terceiros. (2022). Significação: Revista De Cultura Audiovisual, 49(58), 185159. https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2022.185159