Consubstancialidade: uma reflexão conceitual para pesquisas em publicidade

Autores

  • Carolina Minuzzi Murari da Silva Universidade Federal de Santa Maria
  • Juliana Petermann Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-5057.v13i1p59-71

Palavras-chave:

Comunicação, Publicidade e propaganda, Consubstancialidade, Questões de gênero

Resumo

O objetivo deste artigo é discutir as possibilidades conceituais de uso do conceito da consubstancialidade nas pesquisas em publicidade. Dessa forma, iremos (a) discorrer sobre a importância dos marcadores sociais da diferença; (b) comparar os conceitos de consubstancialidade e interseccionalidade; e (c) apontar as situações mais adequadas para o uso do termo consubstancialidade. A partir de um resgate histórico conceitual com base em Kergoat, entendemos que, ao analisar as práticas de trabalhadores em publicidade, a consubstancialidade é uma alternativa fértil, já que parte da compreensão materialista histórica e das relações sociais fundamentais (de gênero, classe e “raça”) em toda sua complexidade e dinâmica, sendo fundamental para pesquisas que abordam questões de gênero na publicidade.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Carolina Minuzzi Murari da Silva, Universidade Federal de Santa Maria
    Mestra em Comunicação pela UFSM, pós-graduada em Marketing pela UFRGS, publicitária, participante do grupo Nós – Pesquisa Criativa (UFSM).
  • Juliana Petermann, Universidade Federal de Santa Maria

    Doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Possui graduação em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda pela UFSM, mestrado em Linguística Aplicada pela UFSM. Professora do programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFSM. Coordenadora do grupo Nós – Pesquisa Criativa.

Referências

PERGUNTAS para Keka Morelle. Creative X, Wired Festival, Globo.com. 5 set. 2019.

Disponível em: https://bit.ly/3u4R4eR. Acesso em: 18 ago. 2020.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de

Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

CARNEIRO, Sueli. Mulheres em movimento: contribuições do feminismo negro. In:

HOLLANDA, Heloísa Buarque de (org.). Pensamento feminista brasileiro: Formação e

contexto. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019.

CRENSHAW, Kimberlé Williams. Mapping the margins: intersectionality, identity politics,

and violence against women of color. In: Fineman, Martha Albertson; Mykitiuk, Roxanne

(eds.). The public nature of private violence. New York: Routledge, 1994. p. 93-

DAVIS, Angela. Women, Race and Class. New York: Random House, 1981.

ELA SE TORNOU a primeira diretora negra em uma grande agência publicitária. Universa Talks.

São Paulo, 16 jul. 2020. Disponível em: https://bit.ly/2SXX2Be. Acesso em: 26 ago. 2020.

FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade: curso dado no Collège de France (1975-1976).

São Paulo: Martins Fontes, 2005.

GRUPO DE PLANEJAMENTO. Hostilidade, Silêncio e Omissão. 2019. Disponível em https://

bit.ly/3467itm. Acesso em: 18 ago. 2020.

HANSEN, Fábio; WEIZENMANN, Cátia. Elas não querem criar? Apontamentos sobre a institucionalização do trabalho de criação publicitária no mercado de Porto Alegre.

Comunicação & Informação, Goiânia, v. 18, n. 1, p. 21-36, 2015.

HENNING, Carlos. Interseccionalidade e pensamento feminista: as contribuições históricas

e os debates contemporâneos acerca do entrelaçamento de marcadores sociais da diferença.

Mediações, Londrina, v. 20 n. 2, p 97-128, jul./dez. 2015.

HIRATA, Helena. Gênero, classe e raça: Interseccionalidade e consubstancialidade das

relações sociais. Tempo Social, São Paulo, v. 26, n. 1, p. 61-73, jun. 2014. Disponível em:

https://bit.ly/3oHBi8I. Acesso em: 28 jul. 2020.

KERGOAT, Danièle. Dinâmica e consubstancialidade das relações sociais. Novos Estudos

Cebrap, São Paulo, v. 86, p. 93-103, 2010. Disponível em: https://bit.ly/33YLXlT. Acesso

em: 17 jul. 2020.

MINUZZI, Carolina. Uma genealogia das mulheres no sistema publicitário brasileiro.

Dissertação (Mestrado em Comunicação) – Universidade Federal de Santa Maria. Santa

Maria, 2020.

PETERMANN, Juliana. Do sobrevôo ao reconhecimento atento: a institucionalização da

criação publicitária, pela perspectiva do habitus. 2011. Tese (Doutorado em Ciências da

Comunicação) – Universidade do Vale dos Sinos, São Leopoldo, 2011.

PISCITELLI, Adriana. Interseccionalidade, categorias de articulação e experiências de

migrantes brasileiras. Sociedade e Cultura, Goiânia, v. 11, n. 2, p. 263-274, 2018.

SACCHITIELLO, Bárbara; LEMOS, Alexandre Zaghi. Mulheres são 20% da criação das

agências. Meio e Mensagem, São Paulo, 12 jan. 2016. Disponível em: https://bit.ly/3f1H2H4.

Acesso em: 18 ago. 2020.

SPAULUCCI, Neusa. Participação feminina é minoritária na liderança criativa das agências.

Propmark, São Paulo, 2 mar. 2020. Disponível em: https://bit.ly/3bHsM41. Acesso em: 10 ago. 2020.

TOMAZETTI, Tainan. Genealogias dissidentes: os estudos de gênero nas teses e disserações em comunicação do Brasil (1972-2015). 2019. Tese (Doutorado em Comunicação e Informação) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2019.

TRINDADE, Eneus. Tendências para pensar a formação em publicidade da contemporaneidade. Revista Latinoamericana de Ciencias de la Comunicación, São Paulo, v. 14, n. 27, p. 32-41, 2017. Disponível em: https://bit.ly/3oB6Xsr. Acesso em: 3 jul. 2020.

Downloads

Publicado

2021-07-06

Como Citar

Consubstancialidade: uma reflexão conceitual para pesquisas em publicidade. Signos do Consumo, [S. l.], v. 13, n. 1, p. 59–71, 2021. DOI: 10.11606/issn.1984-5057.v13i1p59-71. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/signosdoconsumo/article/view/174696.. Acesso em: 23 abr. 2024.