Matriciamento: uma experiência ambulatorial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/10.11606/issn.1806-6976.smad.2020.152139

Palavras-chave:

Transtornos relacionados ao uso de substâncias, Equipe de assistência ao paciente, Visitas com preceptor, Terapia ocupacional, Matriciamento, Saúde mental

Resumo

Objetivo: compreender a construção do matriciamento em um serviço de atenção a dependentes. Método: trata-se de uma pesquisa-ação realizada nos últimos sete anos, considerando as experiências de uma terapeuta ocupacional durante suas atividades no serviço, abrangendo reuniões clínicas, supervisões, grupos de estudos e capacitações. Os materiais utilizados foram prontuários, registros de supervisão e reunião e anotações pessoais. Resultados: as demandas de cada sujeito são abordadas para além das especificidades de cada área. Os saberes são transmitidos nos encontros de equipe, permitindo, a quem está lidando diretamente com o caso, uma ampliação em sua compreensão e a experimentação de instrumentos clínicos construídos junto dos colegas. O processo de construção de trabalho com cada sujeito, matriciado constantemente entre os profissionais, permite, àquele que oferece a atenção, maior apropriação da construção clínica. Tal fenômeno também ocorre durante capacitações oferecidas pelo serviço a outras equipes de saúde. Conclusão: os espaços coletivos consideram a compreensão do sujeito por diversas perspectivas, mesmo sem contato direto com o indivíduo, a partir das narrativas de um dos profissionais e de hipóteses dos demais membros da equipe, ampliando as possibilidades de cuidado. O trabalho em projetos terapêuticos propaga-se pela instituição e em capacitações de outras equipes, permitindo a circulação...

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Publicado

2021-03-31

Como Citar

Perrone, M. B., & Fidalgo, T. M. (2021). Matriciamento: uma experiência ambulatorial. SMAD, Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool E Drogas (Edição Em Português), 17(1), 26-31. https://doi.org/10.11606/10.11606/issn.1806-6976.smad.2020.152139