Os significados de uma Unidade de Acolhimento transitória para usuários de drogas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606//issn.1806-6976.smad.2020.158015

Palavras-chave:

Saúde Mental, Pessoas em Situação de Rua, Usuários de Drogas, Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias, Antropologia Cultural

Resumo

Objetivo: este estudo teve como objetivo compreender os significados da experiência do acolhimento residencial transitório, em uma Unidade de Acolhimento, da perspectiva dos usuários. Método: para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa utilizando-se da etnografia como estratégia metodológica. O procedimento de coleta de dados envolveu a observação participante com o total de doze usuários e
entrevistas abertas com sete destes. A análise foi feita por meio da triangulação dos dados e, para a apresentação, utilizou-se da História Natural da Pesquisa. Resultados: os resultados apontaram que a unidade representa um local de vínculo, com possibilidade do cuidado de si e em liberdade, além da possibilidade da redução do uso de drogas. Conclusão: concluiu-se que se trata de um espaço potente
que pode ser utilizado tanto para a saída efetiva quanto apenas temporária das ruas.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Trad SNS, Trad LAB, Romani O. Contribuições das ciências sociais ao estudo sobre o uso de drogas e o diálogo com a produção nacional contemporânea. In: Jorge MSB. (org.). Olhares plurais sobre o fenômeno do crack. Fortaleza: EdUECE; 2015. p. 26-70.

Garcia L. Apresentação Senad/MJ. In: Souza J. Crack e exclusão social. Brasília: Ministério da justiça e Cidadania, Secretaria Nacional de Política sobre Drogas; 2016. p.11-16.

Mayora M. O crack e a rua. In: Souza J. Crack e exclusão social. Brasília: Ministério da justiça e Cidadania, Secretaria Nacional de Política sobre Drogas; 2016. p. 137-161.

Rui TC, Fiore M, Tófoli LF. Pesquisa preliminar de avaliação do Programa ‘De Braços Abertos’ [Internet]. São Paulo (SP): Plataforma Brasileira de Política de Drogas (PBPD)/ Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM); 2016. 122p. [Acesso 10 abr 2019]. Disponível em: http://pbpd.org.br/wp-content/uploads/2016/12/Pesquisa-De-Bra%C3%A7os-Abertos-1-2.pdf

Ministério da Saúde (BR). Lei n. 10.216, de 6 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Brasília: MS; 2001.

Ministério da Saúde (BR). Portaria n. 3.088, de 23 de dezembro de 2011. Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde. Brasília: MS; 2011.

Ministério da Saúde (BR). Portaria n. 121, de 25 de janeiro de 2012. Institui a Unidade de Acolhimento para pessoas com necessidades decorrentes do uso de Crack, Álcool e Outras Drogas (Unidade de Acolhimento), no componente de atenção residencial de caráter transitório da Rede de Atenção Psicossocial. Brasília: MS; 2012.

Kinoshita RT. Contratualidade e reabilitação psicossocial. In: Pitta A, organizador. Reabilitação psicossocial no Brasil. São Paulo: Hucitec; 2016. p. 55-59.

Venturini E. A desinstitucionalização: limites e possibilidades. Rev Bras Crescimento Desenvolv Hum. 2010;20(1):138-51. doi: https://doi.org/10.7322/jhgd.19953

MacRae E. Abordagens qualitativas na compreensão do uso de psicoativos. In: Tavarez LA, organizador. As drogas na contemporaneidade: perspectivas clínicas e culturais. Salvador: Edufba; 2004. p. 27-48.

MacRae E, Vidal SS. A Resolução 196/96 e a imposição do modelo biomédico na pesquisa social: dilemas éticos e metodológicos do antropólogo pesquisando o uso de substâncias psicoativas. Rev Antropol. 2006;49(2):645-66. doi: 10.1590/S0034-77012006000200005

Ministério da Saúde (BR). Resolução n.466, de 12 de dezembro de 2012. Aprovam diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília: MS; 2012.

Alves YA. Jamais fomos zumbis: contexto social e craqueiros na cidade de São Paulo. Salvador: Edufba; 2017. 350 p.

Brunello MEF, Ponce MAS, Assis EG, Andrade RLP, Scatena LM, Palha PF, et al. O vínculo na atenção à saúde: revisão sistematizada na literatura, Brasil (1998-2007). Acta Paul Enferm. 2010;23(1):131-5. doi: 10.1590/S0103-21002010000100021

Barbosa MIS, Bosi MLM. Vínculo: um conceito problemático no campo da Saúde Coletiva. Physis. 2017;27(4):1003-22. doi: 10.1590/s0103-73312017000400008

Publicado

2020-04-30

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

Foppa, D. F., & Grigolo, T. M. (2020). Os significados de uma Unidade de Acolhimento transitória para usuários de drogas. SMAD, Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool E Drogas (Edição Em Português), 16(2), 16-24. https://doi.org/10.11606//issn.1806-6976.smad.2020.158015