O controle da natureza e as origens da dicotomia entre fato e valor

Autores

  • Pablo Rubén Mariconda Universidade de São Paulo; Departamento de Filosofia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-31662006000300006

Palavras-chave:

Dicotomia fato^i1^sva, Controle da natureza, Ciência moderna, Francis Bacon, Galileu Galilei, René Descartes, Blaise Pascal, David Hume

Resumo

Meu objetivo será refletir sobre uma distinção que é fundamental para a origem de um aspecto central das práticas científicas atuais. Essas práticas, que costumamos chamar de práticas da ciência moderna, representam o desenvolvimento, a complexificação e a especialização (estas últimas já previstas por Bacon na utopia Nova Atlântida) de uma prática, de um modo particular de tratar das questões naturais, que surgiu e se consolidou nos séculos XVI e XVII. A articulação dessa prática depende da distinção entre fato e valor, elaborada na primeira metade do século XVII nos trabalhos de Francis Bacon, Galileu Galilei, René Descartes e Blaise Pascal. Como mostrarei, a distinção entre fato e valor está na raiz da concepção moderna de domínio (controle) da natureza, concepção que acabou sendo tomada, no desenvolvimento posterior, como um valor central que direciona o conhecimento científico e o desenvolvimento técnico/tecnológico.

Downloads

Publicado

2006-09-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

O controle da natureza e as origens da dicotomia entre fato e valor . (2006). Scientiae Studia, 4(3), 453-472. https://doi.org/10.1590/S1678-31662006000300006