Werner Heisenberg e a Interpretação de Copenhague: a filosofia platônica e a consolidação da teoria quântica

Autores

  • Anderson Leite Universidade de Brasília; Grupo de Lógica e Filosofia da Ciência
  • Samuel Simon Universidade de Brasília; Departamento de Filosofia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-31662010000200004

Palavras-chave:

Mecânica quântica, Teoria quântica, Werner Heisenberg, Interpretação de Copenhague, Filosofia platônica, Idealismo, Materialismo

Resumo

Este artigo discute o uso que Werner Heisenberg faz da filosofia grega clássica no âmbito dos debates acerca da teoria quântica realizados na primeira metade do século xx. Para esse autor, a ciência foi determinada pelo influxo de duas correntes de pensamento que surgiram na Grécia antiga: o materialismo e o idealismo. A partir de tal clivagem, Heisenberg fundamenta sua crítica aos opositores da Interpretação de Copenhague, além de justificar filosoficamente suas próprias teses sobre a mecânica quântica. Apesar de suas concepções filosóficas não serem passíveis de uma sistematização completa, a relação que Heisenberg estabeleceu entre a filosofia grega e os problemas da teoria dos quanta acabou por resultar em uma interpretação da realidade física na qual é predominante um platonismo e um incipiente estruturalismo matemático.

Downloads

Publicado

2010-06-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Werner Heisenberg e a Interpretação de Copenhague: a filosofia platônica e a consolidação da teoria quântica . (2010). Scientiae Studia, 8(2), 213-241. https://doi.org/10.1590/S1678-31662010000200004