Formas do vivo e no vivo: imitar e/ou reproduzir a vida

Autores

  • Anne Marcovich Maison des Sciences de l'Homme

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-31662008000100006

Palavras-chave:

Biologia molecular, Biologia sistêmica, Biologia sintética, Comunidade científica, (Des)-contextualização, Epistemologia, Forma, Fronteira, Invariabilidade, Modelo, Especificidade

Resumo

As questões relativas às formas e à morfologia adquiriram depois do século xviii uma posição central nas ciências e, particularmente, na biologia. Desde 1890, as formas surgiram na bioquímica a partir da noção de especificidade (fala-se da adequação entre moléculas como daquela entre uma chave e uma fechadura). As diferentes orientações na biologia (particularmente depois da revolução da biologia molecular, do desenvolvimento da biologia sistêmica, da biologia sintética e dos trabalhos claramente orientados para as escalas nanométricas) produziram significações diferenciadas das noções de forma e de especificidade. As diferentes perspectivas, nas quais elas são utilizadas, principalmente, na questão das fronteiras entre vivo e não vivo, entre natureza e artifício, ou, ao contrário, nas quais elas são eliminadas, substituídas, por exemplo, pelas noções de informação e de código, poderiam fornecer a chave para compreender a epistemologia profunda da pesquisa nesses domínios e os "paradigmas" que congregam pesquisadores que trabalham originalmente em comunidades científicas distintas. As análises aqui propostas apóiam-se principalmente na idéia de invariabilidade dos conceitos e das idéias que, mais ou menos explicitamente, possam assemelhar-se a princípios organizadores das atividades científicas.

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Publicado

2008-03-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Formas do vivo e no vivo: imitar e/ou reproduzir a vida . (2008). Scientiae Studia, 6(1), 117-137. https://doi.org/10.1590/S1678-31662008000100006