Os fundamentos da óptica geométrica de Johannes Kepler

Autores

  • Claudemir Roque Tossato Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-31662007000400003

Palavras-chave:

Óptica, Kepler, Anatomia, Fisiologia, Plater, Alhazen, Retina, Cristalino

Resumo

Este texto apresenta a teoria kepleriana do processo de visão, exposta no quinto livro dos Paralipomena, publicado no ano de 1604. Destacam-se os seguintes aspectos: (1) o mapeamento do olho humano feito por Kepler, que teve como fundamento os trabalhos anatômicos de Felix Plater; (2) a analogia entre a câmara escura e o olho humano, entendendo-se que o último torna-se um instrumento dióptrico tal como a primeira; (3) o correto uso, segundo Kepler, da geometria para a constituição anatômico-fisiológica desenhada nos Paralipomena. A partir destes elementos, Kepler trata de dois pontos básicos para a óptica do século xvii: o primeiro determina que a imagem do objeto visto pelo olho forma-se na retina e não no cristalino; o segundo restringe o campo de estudos ópticos àquilo que pode ser tratado somente mediante os componentes ópticos, isto é, os constituintes anatômicos e fisiológicos, e as suas possibilidades de geometrização.

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Publicado

2007-01-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Os fundamentos da óptica geométrica de Johannes Kepler . (2007). Scientiae Studia, 5(4), 471-499. https://doi.org/10.1590/S1678-31662007000400003