A ruptura articulatória dos seres: a propósito da exposição da vida à dispersão da sua ontologia

Autores

  • Jorge Leandro Rosa Universidade do Porto; Instituto de Filosofia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-31662014000200007

Resumo

Este artigo trata da possibilidade de renovar o entendimento da eugenia no mundo contemporâneo. A biologia e a genética são fontes científicas da eugenia, mas não fazem parte de seu núcleo filosófico. Essa é a razão pela qual vemos a ontologia subjacente à eugenia como nossa principal preocupação. O estatuto da eugenia como uma prática está mudando rapidamente e a vida é tanto o objeto como a dimensão oculta dessa mudança. Entendida por meio da história dos seres, a dispersão da ontologia permite um entendimento renovado tanto da humanidade quanto da animalidade. Como se pode entender que uma ciência completamente reconhecida no início do século XX se tenha tornado uma prática silenciosa no século XXi? A disseminação das novas técnicas genéticas e a discrição atual acerca da eugenia parecem estar ligadas ao avanço de sua reabilitação. Ainda estamos em um estágio inicial de nosso entendimento da genética humana. Não há razão para pensar que esse conhecimento não será explorado pela eugenia. A plasticidade de nossa condição humana encontra nisso uma de suas possibilidades.

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Publicado

2014-06-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

A ruptura articulatória dos seres: a propósito da exposição da vida à dispersão da sua ontologia . (2014). Scientiae Studia, 12(2), 359-377. https://doi.org/10.1590/S1678-31662014000200007