A muda linguagem das coisas

Autores

  • Ettore Finazzi-Agrò Universidade de Roma La Sapienza

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-8997.teresa.2021.168886

Resumo

O ensaio tenta, através da análise da obra de Clarice Lispector, responder à pergunta se é possível chegar até ao extremo do não-dito atravessando uma selva espessa de palavras, contrariando, assim, o movimento teogônico que acompanha a passagem do silêncio à voz (a phoné) e dela à palavra (o logos). A literatura produzida pela escritora brasileira nos coloca, de fato, diante de uma linguagem que perde, aos poucos, o seu sentido, reencontrando-o apenas num silêncio que nos diz aquele interdito que a palavra não consegue pronunciar, aquela essência que se esconde e, ao mesmo tempo, se revela nas entrelinhas ou no fundamento inacessível de todo discurso.

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Publicado

2021-12-26

Edição

Seção

Página Aberta