Tradução coletiva e criativa do Entremés de la Ropavejera, de Quevedo y Villegas
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v38p61-80Palavras-chave:
Tradução coletiva, Tradução criativa, Entremés de la Ropavejera, Quevedo y VillegasResumo
A tradução coletiva é apontada por Haroldo de Campos (2010) como um dos caminhos possíveis para textos possuidores de alta complexidade e que, em princípio, seriam intraduzíveis. O trabalho de cooperação, através de uma equipe orientada para um alvo comum seria, segundo o autor, uma possibilidade de abordagem que poderia fomentar traduções criativas, voltadas para a manutenção do signo estético em detrimento de uma fidelidade ao significado textual. A partir destes postulados, este artigo se propõe a socializar a experiência de tradução coletiva do Entremés de la Ropavejera (1670), de Francisco de Quevedo y Villegas (1580-1645), realizada pelo Núcleo Quevedo de Estudos Literários e Traduções do Século de Ouro, da UFSC, enfatizando reflexões e escolhas envolvidas nesse processo. A história do entremez gira em torno da personagem ropavejera (remendeira), que atende na sua loja os clientes que chegam em busca de pomadas, postiços e ‘peças de reposição’ para remendar ou reparar em seus corpos o dano causado pela idade. As discussões acerca do processo tradutório do texto permitiram a elaboração de uma metodologia de trabalho que envolveu a utilização de vários recursos, como o acesso a dicionários especializados e de época, a consulta à crítica literária e à pesquisa histórica para a aproximação ao contexto de produção, que aqui são apresentados e discutidos. Pretende-se, desta forma, contribuir com a divulgação dos estudos sobre o Século de Ouro no cenário nacional.
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