DIY Corpora: o que são e para quem são?

Autores

  • Carolina Tavares de Carvalho Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas. Programa de Estudos Linguísticos
  • Luana Aparecida Nazzi Laranja Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas. Programa de Estudos Linguísticos
  • Paula Tavares Pinto Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas. Programa de Estudos Linguísticos

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v37p64-87

Palavras-chave:

DIY corpora, Linguística de Corpus, Ensino de línguas, Tradução, Escrita acadêmica

Resumo

O uso de corpora na tradução, no ensino de línguas e na escrita acadêmica aumentou significativamente nos últimos anos. O do-it-yourself (DIY) corpus é especialmente útil nessas áreas. Este artigo apresenta uma revisão teórica e discute o uso de DIY corpora na tradução, no ensino de línguas e na escrita acadêmica. Evidências mostram que, com o apoio de ferramentas computacionais, o DIY corpus fornece ao tradutor melhores opções de tradução e de levantamento de terminologia, assim como pode ser um recurso valioso para professores ao prepararem aulas para fins gerais e específicos, ou para pesquisadores que queiram observar a estrutura e os padrões de linguagem de suas respectivas áreas. Os resultados das diferentes propostas descritas mostram que os DIY corpora são recursos poderosos utilizados para atingir diferentes metas em contextos distintos, mas correlatos.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Carolina Tavares de Carvalho, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas. Programa de Estudos Linguísticos

    Mestranda do Programa de Estudos Linguísticos do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Unesp, Campus de São José do Rio Preto - SP

  • Luana Aparecida Nazzi Laranja, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas. Programa de Estudos Linguísticos

    Mestre do Programa de Estudos Linguísticos do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Unesp, Campus de São José do Rio Preto - SP.

  • Paula Tavares Pinto, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas. Programa de Estudos Linguísticos

    Professora Assistente Doutora do Programa de Estudos Linguísticos do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Unesp, Campus de São José do Rio Preto - SP.

Referências

ABREU-E-LIMA, D. M.; MORAES-FILHO, W. B.; SARMENTO, S. O programa Idiomas sem Fronteiras. Do Inglês sem Fronteiras ao Idiomas sem Fronteiras: a construção de uma política linguística para a internacionalização, 2016: 293-308.

ALMEIDA, D.; Prado, M. Desenvolvendo o conteúdo programático de um curso de inglês para mecânicos de aeronaves com base em um corpus DIY: um estudo de caso. Aviation in Focus-Journal of Aeronautical Sciences, v. 2, n. 2, p. 6-20, 2011.

ALUÍSIO, S. M. Ferramentas de Auxílio à Escrita de Artigos Científicos em Inglês como Língua Estrangeira, Tese de doutoramento, Instituto de Física de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 1995.

ALVES, A L.; TAVARES PINTO, P. A utilização de that-clauses em abstracts escritos por alunos-pesquisadores brasileiros. Revista Entrepalavras, v. 8, p. 288-303, 2018.

ALVES, A. L. L. As That-clauses em abstracts escritos por alunos brasileiros de Universidades Públicas: uma análise baseada em corpus. 2018. Dissertação (Mestrado em Mestrado em Estudos Linguísticos) - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - IBILCE, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, 2018.

ANTHONY, L. AntConc: A learner and classroom friendly, multi-platform corpus analysis toolkit. Proceedings of IWLeL, p. 7-13, 2004.

AVEIRO, T. M. M. O programa Ciência sem Fronteiras como ferramenta de acesso à mobilidade internacional. Revista de Educação Ciência e Tecnologia. Rio Grande do Sul: Instituto Federal, v. 3, n. 2, p. 1-21, 2014.

BAKER, M. Corpus-based translation studies: The challenges that lie ahead. Benjamins Translation Library, v. 18, p. 175-186, 1996.

BERBER SARDINHA, T. Linguística de Corpus. Barueri, SP: Editora Manole, 2004.

BOWKER, L.; PEARSON, J. Working with specialized language: a practical guide to using corpora. Routledge: New York, 2002.

CHAMPOLLION, Y. Wordfast. 1999. Disponível em: <http://www.wordfast.net/index.php> Acesso em 23 de janeiro de 2020.

CHARLES, M. ‘Proper vocabulary and juicy collocations’: EAP students evaluate do-it-yourself corpus-building. English for Specific Purposes, v. 31, n. 2, p. 93-102, 2012.

DAVIES, M. The corpus of contemporary American English (COCA): 520 million words, 1990-present. 2008.

DAYRELL, C. A quantitative approach to compare collocational patterns in translated and non-translated texts. International Journal of Corpus Linguistics, v. 12, n. (3), 375-414, 2007.

DUTRA, D. P.; GOMIDE, A. R. Compilation of a university learner corpus. BELT-Brazilian English Language Teaching Journal, v. 6, n. p.1, p. 21-33, 2015.

DUTRA, D. P.; ORFANO, B.; BERBER SARDINHA, T. Stance bundles in Learner Corpora. In: ALUISIO, S. M.; TAGNIN, S. E. O. (eds.) New Language Technologies and Linguistic Research: A Two-Way Road. Newcastle upon Tyne: Cambridge Scholars Publishing, 2014, p. 2-17.

ELSEVIER WORLD OF RESEARCH AT <https://www.elsevier.com/research-intelligence/campaigns/world-of-research-2015> access in June, 2020.

FRANKENBERG-GARCIA, A.; BOCORNY, A.E.P.; TAVARES-PINTO, P.; SARMENTO, S. (2019). Supporting the Internationalization of Brazilian Research. Workshops delivered at the Federal University of Rio Grande do Sul and at São Paulo State University, Porto Alegre and São José do Rio Preto, April-June, 2019.

FRANKENBERG-GARCIA, A.; FLOWERDEW, L.; ASTON, G. (edsED.). New trends in corpora and language learning. A&C Black, 2011.

GRANGER, S.; TRIBBLE, C. "Learner corpus data in the foreign language classroom: form-focused instruction and data-driven learning". In: Sylviane Granger, S. (ed.), Learner English on computer. New York: Longman, 1998: 199-209.

KILGARRIFF, A. ET AL. The Sketch Engine: ten years on. Lexicography, v. 1, n. 1, p. 7-36, 2014.

KOESTER, A. Building small specialised corpora. In: O'Keeffe, A.; MccCarthy, M. The Routledge Handbook of Corpus Linguistics. Routledge: New York, 2010.

KÜBLER, N. Working with different corpora in translation teaching. In: Ana Frankenberg-Garcia, A; Lynne Flowerdew, L; and Guy AAston, G. New Trends in Corpora and Language Learning, Continuum, pp.62-80, 2011: 62-80,, ffhttp://www.bloomsbury.com/uk/ff. ffhal-01134954f

KÜBLER, N.; ASTON, G. Using corpora in translation. In: O’Keeffe, A; McCarthy, M. The Routledge handbook of corpus linguistics, Routledge: New York, 2010.

LEE, D.; SWALES, J. A corpus-based EAP course for NNS doctoral students: Moving from available specialized corpora to self-compiled corpora. In: English for specific purposes, v. 25, n. 1, p. 56-75, 2006.

MAIA, B. CORPÓGRAFO V: Tools for educating translators. In: 4. Rodrigo, E.Y. Topics in Language Resources for Translation and Localisation, v. 79, p. 57, 2008.

MAIA, B. Do-it-yourself corpora... with a little bit of help from your friends! PALC'97: Practical Applications in Language Corpora, 1997, p. 403-410. Available at: https://hdl.handle.net/10216/23471

MAIA, B. Do-it-yourself, disposable, specialised mini corpora–where next? Reflections on teaching translation and terminology through corpora. Cadernos de tradução, v. 1, n. 9, 2002, p. 221-235, 2002.

MILLAR, N.; LEHTINEN, B. DIY local learner corpora: Bridging gaps between theory and practice. JALT CALL Journal, v. 4, n. 2, p. 61-72, 2008.

NAZZI-LARANJA, L.A.; PINTO, P.T. O desenvolvimento de atividades de compreensão escrita: um corpus de temática política. LinguaTech, v.4, n. 2, p. 29-51, nov. 2019.

OLOHAN, M.; BAKER, M. Reporting that in translated English. Evidence for subconscious processes of explicitation?. Across languages and cultures, v. 1, n. 2, p. 141-158, 2000.

PAIVA, P. T. P. Uma investigação de traduções de textos da área médica sob a luz dos estudos da tradução baseados em corpus. Ph.D thesis. São Paulo State University, Brazil, 2009.

PINTO, P.T. Um curso de Inglês com Fins Acadêmicos baseado em Corpus para alunos universitários das áreas de Humanas, Exatas e Biológicas. In: FERREIRA, M. M.; STELLA, V.C.R. (Org.). Redação Acadêmica: múltiplos olhares para a produção textual e o seu ensino. 01 ed. São Paulo: Humanitas, 2018, v. 01, p. 122-136.

REPPEN, R. Using Corpora in the Classroom. Cambridge: Cambridge University Press, 2010.

SARMENTO, L.; MAIA, B.; SANTOS, D. The Corpógrafo-a Web-based environment for corpora research. In: quot; In Maria Teresa Lino; Maria Francisca Xavier; Fátima Ferreira; Rute Costa; Raquel Silva (ed) Proceedings of the 4 th International Conference on Language Resources and Evaluation (LREC'2004) (Lisboa, Portugal 26-28 May 2004). 2004.

SILVA, E. B.; BABINI, M.; OTTAIANO, A. O. Identification of the most common phraseological units in the English language in academic texts: contributions coming from corpora. Acta Scientiarum (UEM), v. 39, p. 345-353, 2017.

SILVA, L. G.; MATTE, M. L.; SARMENTO, S. Brazilian students’´s use of English academic vocabulary: an exploratory study. In: Finatto, M. J.; Bocorny, Rebechi, R. R.,; Sarmento, S.,; Bocorny, A. E. P. Linguística de corpus: perspectivas. Org:— Porto Alegre: Instituto de Letras - UFRGS, 2018.

SIMÕES, A.; SANTOS, D. Ensinador: corpus-based Portuguese grammar exercises. Procesamiento del Lenguaje Natural 47, septiembre de 2011, pp. 301-309.

SWALES, J. M.; FEAK, C. B. Abstracts and the writing of abstracts. Michigan: University of Michigan Press, 2009.

TAGNIN, S. E. O.; BEVILACQUA, C. (ED.). Corpora na terminologia. HUB Editorial, 2013.

TAGNIN, S.E.O. Os Corpora: instrumentos de auto-ajuda para o tradutor. Cadernos de Tradução. n.9, v.1, Florianópolis, 2002, p.191-219.

TAGNIN, S.E.O. TEIXEIRA, E.D.; SANTOS, D. CorTrad: a multiversion translation corpus for the Portuguese-English pair. In: quot; Arena Romanistica 4; 4 (2009; 2009) [The 28 th International Conference on lexis and grammar. 2009.

TRIBBLE, C.; JONES, G. Concordances in the classroom: A resource book for teachers. Longman/: London, 1990.

VARANTOLA, K. Disposable corpora as intelligent tools in translation. Cadernos de Tradução, Florianópolis, v. 1, n. 9, 171-189, 2002/1.

VARANTOLA, K. Translators, Dictionaries and Text Corpora. In: S. Bernardini, S.; and F. Zanettin, F. (eds) I Corpora nella Didattica della Traduzione. Bologna: CLUEB, 2000: 117–133.

VIANA, V.; TAGNIN, S. E. O. Corpora no ensino de línguas estrangeiras. Hub Editorial, 2011.

ZANETTIN, F. DIY Corpora: The WWW and the Translator. In: Maia, Belinda / Haller, Jonathan / Urlrych, Margherita (eds.) Training the Language Services Provider for the New Millennium, Porto: Facultade de Letras, Universidade do Porto, 2002: 239-248.

Publicado

2021-01-29

Como Citar

Carvalho, C. T. de, Laranja, L. A. N., & Pinto, P. T. (2021). DIY Corpora: o que são e para quem são?. Tradterm, 37(1), 64-87. https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v37p64-87