Os diálogos ficcionais em uma realidade distópica: a (não)representação de marcas de oralidade nas traduções dos best-sellers young adult A Seleção e Divergente

Autores

  • Jéssica Nóbrega do Nascimento Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
  • Lauro Maia Amorim Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v46p87-116

Palavras-chave:

best-seller young adult, gênero distópico, sociolínguistica aplicada à tradução, marcas de oralidade, best-seller de ficção de gênero

Resumo

Nesta pesquisa realizou-se a análise das obras A Seleção e Divergente, a fim de constatar se houve ou não uso de marcas de oralidade em suas traduções, se a presença ou ausência dessas marcas estaria em concordância com os romances na língua de partida, assim como se tal decisão poderia estar sob a influência de outros fatores, como público-alvo ou temática retratada. Os resultados mostraram que, diferentemente da versão em inglês, as obras em português são comedidas quanto ao uso de marcas de oralidade, o que permitiu que constatássemos, em concordância com estudos anteriores, que best-sellers de temática distópica tendem a ser mais conservadores. O mesmo, no entanto, não pode ser dito de romances young adult que tratam de outros temas, o que reforça a necessidade de se dar continuidade a mais pesquisas.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Jéssica Nóbrega do Nascimento, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

    Graduanda do Curso de Bacharelado em Letras com Habilitação de Tradutor na Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". À época em que a pesquisa foi feita era bolsista do Programa Auxílio para Alunos da Unesp - PROGRAD/PROEC/ACI/AUIN. Email: jessica.nobrega@unesp.br

  • Lauro Maia Amorim, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

    Professor Assistente Doutor do Departamento de Estudos Linguísticos e Literários e do Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos (PPGEL), linha de Pesquisa Estudos da Tradução, na Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". Email: lauro.maia@unesp.br

Referências

AMORIM, L. M. A variação linguística em traduções de alta literatura e de best-sellers de ficção popular. TradTerm, v.31, São Paulo, 2018a: 136-163. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/tradterm/article/view/150088/148004

AMORIM, L. M. Contrastando marcas de oralidade em traduções de “alta literatura” e de “best-sellers de ficção popular”: Ernest Hemingway e Agatha Christie. Belas Infiéis, v.7, Brasília, 2018b: 59-90. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/belasinfieis/article/view/12460/10886

AMORIM, L. M. Capital simbólico, público leitor e a tradução de best-sellers: a questão da representação da variação linguística em Androides sonham com ovelhas elétricas?, de Philip K. Dick, e em Star Wars: Provação, de Troy Denning. Tradução em Revista, v.31, Rio de Janeiro, 2021a: 130-207. Disponível em: https://doi.org/10.17771/PUCRio.TradRev.54912

AMORIM, L. M. Shirley Jackson, Kazuo Ishiguro e o público leitor geek: aspectos condicionantes de marcas de oralidade em traduções de ficção de gênero e de ficção literária. Trabalhos em Linguística Aplicada, v.60, n. 2, Campinas, 2021b: 550–565. Disponível em: https://doi.org/10.1590/010318139875611820210421

AMORIM, L. M. Um Balanço acerca das Pesquisas sobre Marcas de Oralidade em Traduções de Ficções Literárias e de Best-Sellers de Ficção de Gênero e Novas Análises de Traduções da Literatura Young Adult. Belas Infiéis, v.11, Brasília, 2022: 01–24. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/belasinfieis/article/view/38930/33649

BAGNO, M. Não é errado falar assim! Em defesa do português brasileiro. 2. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2009 [2008].

BRITTO, P. H. A Tradução Literária. 4. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2021 [2012].

CAMPOS, P. H. F.; LIMA, R. C. P. Capital simbólico, representações sociais, grupos e o campo do reconhecimento. Cadernos de Pesquisa, v. 48, n. 167, São Paulo, 2018: 100-127. Disponível em: https://doi.org/10.1590/198053144283

CART, M. The value of Young Adult Literature. The Young Adult Library Services Association (YALSA). Chicago, 2008.

CARVALHO, C. A. A tradução para legendas: dos polissistemas à singularidade do tradutor. Dissertação de Mestrado, PUC-Rio, Rio de Janeiro, 2005.

CASS, Kiera. A Seleção. 1. ed. São Paulo: Editora Seguinte, 2012.

EVEN-ZOHAR, I. Polysystem studies. Poetics Today. Durham: Duke University Press, v.11, n.1, 1990.

MARTINS, M. A. P. As contribuições de André Lefevere e Lawrence Venuti para a teoria da tradução. Cadernos de Letras (UFRJ), n. 27, Rio de Janeiro, 2010: 59-72.

OLIVEIRA, F. A. de. Linguagem atrevida: uma análise da apropriação pela mídia do modo de falar adolescente como forma de atrair audiência/leitura. Miguilim-Revista Eletrônica do Netlli, v. 2, n. 1, Crato, abr. 2013: 120-138. Disponível em: https://doi.org/10.47295/mgren.v2i1.416

PEREIRA, G. M. L. Marcas de oralidade em traduções de best-sellers para o público adulto e para o público juvenil: O símbolo perdido, de D. Brown, e A esperança, de S. Collins, 2017 [Relatório de iniciação científica não publicado].

PRATAS, J. S. Marcas de oralidade em traduções de best-sellers para o público adulto e para o público juvenil: Marley e Eu, de, e A Rainha Vermelha, de Victorya Averyard, 2017. [Relatório de iniciação científica não publicado].

ROMERO, L. R. Marcas de oralidade em traduções de best-sellers para o público adulto e para o público juvenil: Recomeço, de D. Steel, e Maze Runner, de J. Dashner, 2017 [Relatório de iniciação científica não publicado].

ROTH, Veronica. Divergente. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2012.

TOURY, G. Descriptive Translation Studies – and beyond. 2. ed. Amsterdam: John Benjamins, 2012.

Downloads

Publicado

2024-02-24

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Nascimento, J. N. do, & Amorim, L. M. (2024). Os diálogos ficcionais em uma realidade distópica: a (não)representação de marcas de oralidade nas traduções dos best-sellers young adult A Seleção e Divergente. Tradterm, 46, 87-116. https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v46p87-116