A perda da experiência da formação na universidade contemporânea

Autores

  • Franklin Leopoldo e Silva Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Filosofia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-20702001000100003

Palavras-chave:

consciência, emancipação, história, universidade

Resumo

O texto procura mostrar, por via de um comentário das posições de Adorno acerca das finalidades da educação, que a história da modernidade, vista como processo de constituição da hegemonia da razão instrumental, destituiu a educação de uma característica essencial, a formação da consciência para a liberdade, aspecto que no entanto se encontra implicado na relação entre experiência, verdade e felicidade, constitutiva do ideal humanista de sabedoria e de emancipação. O progresso civilizatório pode ser visto como a perda progressiva do ideal de formação, substituído pelos procedimentos de racionalização adaptativa do indivíduo às condições de alienação próprias do mundo administrado. Na impossibilidade de reinstauração das condições objetivas favoráveis à experiência educacional formadora, resta, na perspectiva de uma educação crítica, a tentativa de se opor à instrumentalização da subjetividade por via de um esforço de recuperação da negatividade como contraponto à adesão cega ao presente histórico.

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Referências

ADORNO, Theodor W. (1995) Educação – para quê? In: Educação e emancipação. Trad. brasileira de W.L. Maar. Rio de Janeiro, Paz e Terra, p. 139-154.

MAAR, Wolfgang L. (1995) À guisa de introdução: Adorno e a experiência formativa. In: ADORNO, T. W. Educação e emancipação. Rio de Janeiro, Paz e Terra, p. 11-28.

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Publicado

2001-05-01

Edição

Seção

Dossiê Universidade e Autonomia

Como Citar

Silva, F. L. e. (2001). A perda da experiência da formação na universidade contemporânea . Tempo Social, 13(1), 27-37. https://doi.org/10.1590/S0103-20702001000100003