"Miríades por toda a eternidade": a atualidade de E. P. Thompson

Autores

  • Alexandre Fortes Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Instituto Multidisciplinar

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-20702006000100011

Palavras-chave:

E. P. Thompson, História social inglesa, Classe operária, Revolução industrial, Cultura operária

Resumo

O artigo reexamina o trabalho clássico de E. P. Thompson, nele identificando elementos relevantes para o estudo do contexto histórico contemporâneo. Critica as abordagens que buscaram sintetizar um "método thompsoniano" em algumas fórmulas do prefácio da obra recorrentemente citadas. Defende ainda que a compreensão do persistente apelo do livro deve ser buscada na análise de sua estrutura narrativa.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ANDERSON, Perry. (1985), Teoría, política e historia: un debate con E. P. Thompson. Madri, Siglo Veinteuno.

ARENDT, Hannah. (2004), As origens do totalitarismo: anti-semitismo, imperialismo, totalitarismo. São Paulo, Companhia das Letras.

ARRIGHI, Giovanni. (1997), O longo século XX: dinheiro, poder e as origens de nosso tempo. 2. ed. Rio de Janeiro/São Paulo, Contraponto/Editora Unesp.

CHAKRABARTY, Dipesh. (1997), “Time of history and time of gods”. In: LOWE, Lisa & LLOYD, David (orgs.). The politics of culture in the shadow of capital. Durham/Londres, Duke University Press, pp. 35-60.

ELEY, Geoff. (2005), Forjando a democracia: a história da esquerda na Europa, 1850-2000. São Paulo, Editora Fundação Perseu Abramo.

FURET, François. (1988), Pensando a Revolução Francesa. Rio de Janeiro, Paz e Terra.

HAUPT, Georges. (1985), “Por que a história do movimento operário?”. Revista Brasileira de História. São Paulo, 5 (10): 208-231, mar./ago.

HAYEK, Friedrich von (org.). (1954), Capitalism and the historians.Chicago, University of Chicago Press.

HILL, Christopher. (1987), O mundo de ponta-cabeça. São Paulo, Companhia das Letras.

HOBSBAWM, Eric J. (1987a), “A formação da cultura da classe operária britânica”. In: Mundos do trabalho. Rio de Janeiro, Paz e Terra, pp. 251-272.

HOBSBAWM, Eric J. (1987b), “História operária e ideologia”. In: Mundos do trabalho. Rio de Janeiro, Paz e Terra, pp. 17-33.

HOBSBAWM, Eric J. (1987c). “O fazer-se da classe operária, 1870-1914”. In: Mundos do trabalho. Rio de Janeiro, Paz e Terra, pp. 273-297.

HOBSBAWM, Eric J. (1990), Ecos da Marselhesa: dois séculos revêem a Revolução Francesa. São Paulo, Companhia das Letras.

JONES, Gareth Stedman. (1983), Languages of class: studies in English working-class history. Cambridge, Cambridge University Press.

JONES, Gareth Stedman. (1996), “The determinist fix: some obstacles to the further development of the linguistic approach to history in the 1990s”. History Workshop Journal, 42: 19-35.

JOYCE, Patrick. (1991), Visions of the people: industrial England and the question of class, 1840-1914. Cambridge, Cambridge University Press.

KIRK, Neville. (2004), “Cultura: costume, comercialização e classe”. In: BATALHA, Cláudio H. M., FORTES, Alexandre & SILVA, Fernando Teixeira da. Culturas de classe: identidade e diversidade na formação do operariado. Campinas, Editora Unicamp, pp. 49-70.

KLEIN, Naomi. (2001), “Reclaiming the commons”. New Left Review 9, maio-junho.

NEGRO, Antonio Luigi. (1996), “Imperfeita ou refeita? O debate sobre o fazer-se da classe trabalhadora inglesa”. Revista Brasileira de História, 16: 31-32.

OLIVEIRA, Francisco. (2003), “O ornitorrinco”. In: Crítica à razão dualista/O ornitorrinco. São Paulo, Boitempo.

POLANYI, Karl. (1980), A grande transformação: as origens de nossa época. Rio de Janeiro, Campus.

SAVAGE, Mike. (2004), “Classe e história do trabalho”. In: BATALHA, Cláudio H. M., FORTES, Alexandre & SILVA, Fernando Teixeira da. Culturas de classe: identidade e diversidade na formação do operariado. Campinas, Editora Unicamp, pp. 25-48.

SCOTT, Joan W. (1999), “Women in the making of the english working class”. In: Gender and the politics of history. New York, Columbia University Press, pp. 68-90.

SEWELL, William J. (1980), Work and revolution in France: the language of labor from the Old Regime to 1848. Cambridge, Cambridge University Press.

SILVER, Beverly J. & SLATER, Eric. (2001), “As origens sociais das hegemonias mundiais”. In: ARRIGHI, Giovanni & SILVER, Beverly J. Caos e governabilidade no moderno sistema mundial. Rio de Janeiro, Contraponto/Editora UFRJ, pp. 161-225.

THOMPSON, E. P. (1981), A miséria da teoria. Rio de Janeiro, Zahar.

THOMPSON, E. P. (1987), A formação da classe operária inglesa. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 3 v.

THOMPSON, E. P. (1989), “La sociedad inglesa del siglo XVIII: ¿Lucha de clases sin clases?”. In: Tradición, revuelta y consciencia de clase: estudios sobre la crisis de la sociedad preindustrial. Barcelona, Crítica, pp. 13-61.

THOMPSON, E. P. (1993), “The sale of wives”. In: _____. Customs in common. London, Penguin (trad. port.: Costumes em comum: estudo sobre a cultura popular tradicional, São Paulo, Companhia da Letras, 1998).

THOMPSON, E. P. (2001) “As peculiaridades dos ingleses”. In: SILVA, Sergio & NEGRO, Antonio Luigi (orgs.). As peculiaridades dos ingleses e outros textos. Campinas, Editora da Unicamp.

VOVELLE, Michel. (2000), Jacobinos e jacobinismo. Bauru, Edusc.

WALLERSTEIN, Immanuel. (2001), “Democracy, capitalism, and transformation”. Palestra na Documenta 11, Viena, 16 de março de 2001, Seção “Demokratie als unvollendeter Prozess: Alternativen, Grenzen und Neue Horizonte”, http://www.binghamton.edu/fbc/iw-vien2.htm, consultado em 2 de abril de 2006.

WILLIAMS, Raymond. (1979), Marxismo e literatura. Rio de Janeiro, Zahar.

Downloads

Publicado

2006-06-01

Edição

Seção

Perspectivas em Debate

Como Citar

Fortes, A. (2006). "Miríades por toda a eternidade": a atualidade de E. P. Thompson . Tempo Social, 18(1), 197-215. https://doi.org/10.1590/S0103-20702006000100011