Liberdade é filha do conhecimento?

Autores

  • Nico Stehr Universidade de Oregon
  • Joana Canêdo Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-20702008000200011

Palavras-chave:

Conhecimento, Poder, Expertise, Sociedade civil, Sociedade do conhecimento, Democracia

Resumo

O tema que exploro neste artigo concerne às múltiplas conexões entre conhecimento, socieda-de civil, governança e democracia. Poderia situar esse conjunto geral de questões no contexto de como tais conexões se estabelecem: se são ou não co-determinadas por uma capacidade dos atores modernos de viabilizar o conhecimento. Assim, enfatizaria as possibilidades cres-centes de cooperação recíproca em organizações da sociedade civil e movimentos sociais, e a influência cada vez maior de amplos segmentos da sociedade em regimes democráticos. Po-rém meu objetivo específico tem de ser mais modesto. O acesso ao conhecimento e o seu controle são estratificados. Explorarei três barreiras e obstáculos ao acesso ao conhecimento, indagando: 1) é possível reconciliar expertise e sociedade civil?; 2) é concebível reconciliar sociedade civil e conhecimento como um bem privado?; e, finalmente, 3) as ciências sociais e as humanidades são fontes viabilizadoras do conhecimento?

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

BARRO, Robert. (1999), “The determinants of democracy”. Journal of Political Economy, 107: S158-S183.

BOHMAN, James. (1999), “Citizenship and norms of publicity: wide public reason in cosmopolitan societies”. Political Theory, 27: 176-202.

GALLIE, W. B. (1955-1956), “Essentially contested concepts”. Proceedings of the Aristotelian Society New Series, 56: 167-198.

GROVE, Michael. (2003), “Why I fear today’s brave new world”. The Times, 16 maio.

HARDIN, Russell J. (2003), “If it rained knowledge”. Philosophy of the Social Sciences, 33: 3-24.

IRWIN, Alan. (1999), “Science and citizenship”. In: SCANLON, Eileen et al. (eds.), Communicating science: contexts and channels. 1ª edição 1995. Reader 2. Londres, Routledge.

JONES, Gareth Stedman. (2004), An end to poverty? A historical debate. Nova York, Columbia University Press.

LEIGHNINGER, Matt. (2006), The next form of democracy: how expert rule is giving way to shared governance and why politics will vever be the same. Nashville, Tennessee, Vanderbilt University Press.

PIELKE, Roger A., Jr. (2007), The honest proker: making sense of science in policy and politics. Cambridge, Cambridge University Press.

SCHUTZ, Alfred. (1946), “The well-informed citizen”. Social Research, 13: 463-478.

SHAPIRO, Susan. (1987), “The social control of personal trust”. American Journal of Sociology, 93: 623-658.

STEHR, Nico. (2005), Knowledge politics: governing the consequences of science and technology. Boulder, Colorado, Paradigm Publishers.

WALLERSTEIN, Immanuel. (2004), The uncertainties of knowledge. Philadelphia, Pennsylvania, Temple University Press.

Downloads

Publicado

2008-11-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Stehr, N., & Canêdo, J. (2008). Liberdade é filha do conhecimento? . Tempo Social, 20(2), 221-234. https://doi.org/10.1590/S0103-20702008000200011