A frustração profissional e a lei

Autores

  • Gessé Marques Jr. Universidade Metodista de Piracicaba. Universidade Metodista de Piracicaba

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-20702010000100007

Palavras-chave:

Profissão jurídica, Conflitos profissionais, Trabalho das emoções

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar alguns conflitos emocionais que o sistema de direito positivo impõe a magistrados e promotores dentro do campo jurídico. Tendo como parâmetro o cotidiano profissional, assim como as ambiguidades que surgem entre o ideal jurídico e as práticas efetivas da execução penal, mostraremos que o sentimento de "frustração" constitui parte significativa do discurso sobre as emoções que caracterizam esta profissão.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ASSOCIAÇÃO dos Magistrados Brasileiros. Pesquisa AMB 2005. Disponível em , consultado em 20/10/2006.

BARROS, Carmen Silvia de Moraes. (2001), A individualização da pena na execução penal. São Paulo, Revista dos Tribunais.

BITENCOURT, Cezar Roberto. (2006), Tratado de direito penal: parte geral. 10 ed. São Paulo, Saraiva. vol. 1.

BONELLI, Maria da Gloria. (1998), “A competição profissional no mundo do direito”. Tempo Social, 10 (1): 185-214, maio.

_____. (2003), “Arlie Russell Hochschild”. Cadernos Pagu , 21: 357-372.

_____. (2005), “Ideologias do profissionalismo em disputa na magistratura paulista”. Sociologias, Porto Alegre, ano 7 (13): 110-135, jan./jun.

_____. (2001), “Os desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e a construção do profissionalismo: 1873-1997”. Dados, Rio de Janeiro, 44 (2). Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0011-52582001000200002&lng=en&nrm=iso>, consultado em 22/09/2006.

BOURDIEU, Pierre. (2002), A dominação masculina. Trad. Maria Helena Kuhner. 2 ed. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil.

_____. (1989), O poder simbólico. Trad. Fernando Tomaz. Lisboa, Difel.

BRASIL. (2006), “Supremo Tribunal Federal. Banco Nacional de Dados do Poder Judiciário – BNDPJ”. Justiça comum de 1o grau. Disponível em , consultado em 13/11/2006.

_____. (2007), “Lei complementar n. 35, de 14 de março de 1979”. Dispõe sobre a Lei Orgânica da Magistratura Nacional. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp35.htm>, consultado em 23/2/2007.

_____. (1995), Código penal e sua interpretação jurisprudencial. In: FRANCO, Alberto Silva et. al. São Paulo, Revista dos Tribunais.

CALDEIRA, Teresa. (1988), “A presença do autor e a pós-modernidade em antropologia”. Novos Estudos Cebrap, (21): 133-157, jul.

CARDOSO, Ruth C. L. (1986), A aventura antropológica: teoria e pesquisa. Rio de Janeiro, Paz e Terra.

DEJOURS, C. (1992), A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. Trad. A. I. Ferreira. São Paulo, Cortez/Oboré.

DIMOULIS, Dimitri. (2003), “Manual de introdução ao estudo do direito: definição e conceitos básicos; norma jurídica; fontes, interpretação e ramos do direito; sujeito de direito e fatos jurídicos; relações entre direito, justiça, moral e política; direito e linguagem”. Revista dos Tribunais, São Paulo.

_____. (2006), Positivismo jurídico: introdução a uma teoria do direito e defesa do pragmatismo jurídico-político. São Paulo, Método.

FELDMAN-BIANCO, B. (org.). (1987), A antropologia das sociedades contemporâneas. São Paulo, Global.

HOCHSCHILD, A. R. (2003), The managed heart: commercialization of human feeling. 20 ed. Berkeley/Los Angeles/Londres, University of California Press.

KELSEN, Hans. (1998), Teoria pura do direito. 6 ed. São Paulo Martins fontes.

MALINOWSKI, B. K. (1984), Argonautas do Pacífico ocidental: um relato do empreendimento e da aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova Guiné Melanésia. 3 ed. São Paulo, Abril Cultural.

MARCÃO, Renato. (2006), Curso de execução penal. 3 ed. São Paulo, Saraiva.

MIRABETE, Julio Fabbrini. (1992), Execução penal: comentários à Lei n. 7.210, de 11-07-84. , São Paulo, Atlas.

NUCCI, G. S. (2005), “Individualização da pena”. Revista dos Tribunais, pp. 413-431.

PIERCE, J. L. (2002), “‘Not qualified’ or ‘not committed’: a raced and gendered organisational logic in law firms”. In: Banakar, R. & Travers, M., An introduction to law and social theory. Oxford, Hart Publishing.

_____. (1999), “Emotional labor among paralegals”. The Annals of the American Academy of Political and Social Science, 561: 127-142, jan.

_____. (1995), Gender trials: emotional lives in contemporary law firms. Berkeley/Los Angeles/Londres, University of California Press.

SADEK, Maria Tereza. (2002), “Estudos sobre o sistema de justiça”. In: MICELI, Sergio (org.), O que ler na ciência social brasileira. São Paulo/Brasília, Anpocs/Sumaré/Capes, pp. 233-265.

_____ (org.). (2000), Justiça e cidadania no Brasil. São Paulo, Sumaré/Idesp.

_____ (org.). (1997), O ministério público e a justiça no Brasil. São Paulo, Sumaré/Idesp.

_____ (org.). (1995), Uma introdução ao estudo da justiça. São Paulo/Rio de Janeiro/Nova York, Idesp/Sumaré/Fundação Ford/Fundação Mellon.

STEINBERG, R. J. & FIGART, D. M. (1999), “Emotional labor since: the managed heart”. The Annals of the American Academy of Political and Social Sciences, 561:9-26.

VIANNA, L. W. et. al. (1999), A judicialização da política e das relações sociais no Brasil. Rio de Janeiro, Revan.

VIANNA, L. W. et. al. (1997), Corpo e alma da magistratura brasileira. 3 ed. Rio de Janeiro, Revan.

Downloads

Publicado

2010-06-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Marques Jr., G. (2010). A frustração profissional e a lei . Tempo Social, 22(1), 127-147. https://doi.org/10.1590/S0103-20702010000100007