A subjetividade no trabalho em questão

Autores

  • Laerte Idal Sznelwar Universidade de São Paulo. Escola Politécnica. Departamento de Engenharia de Produção
  • Seiji Uchida Fundação Getulio Vargas
  • Selma Lancman Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-20702011000100002

Palavras-chave:

Subjetividade e trabalho, Psicodinâmica do trabalho, Organização do trabalho, Saúde mental, Sofrimento

Resumo

Neste artigo a subjetividade no trabalho e a centralidade do trabalho na construção do sujeito, da sua saúde mental e sua identidade são tratadas à luz da psicodinâmica do trabalho. Destaca-se, a partir de pesquisas e ações desenvolvidas, a invisibilidade, decorrente do que não é reconhecido pelos outros e pela hierarquia nas organizações. Diferentes maneiras de organizar o trabalho privilegiaram visões distintas e parciais das pessoas, desconsiderando a existência do sujeito. O conceito da racionalidade pathica distingue o sujeito de um operador, sendo a vivência, neste caso, central. O sujeito busca o sentido num processo de realização de si no interior de um coletivo, é aquele que zela para que os resultados do trabalho sejam os melhores possíveis.

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Publicado

2011-01-01

Edição

Seção

Dossiê - Subjetividade e Cultura: O sofrimento no social

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