Estrutura de sentimento e autobiografia em "O campo e a cidade"

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2023.207704

Palavras-chave:

Literatura inglesa, Estrutura de sentimento, Autobiografia, Capitalismo agrário, Industrialismo

Resumo

Aproveitando a efeméride dos cinquenta anos da publicação de O campo e a cidade, este artigo examina o livro de Raymond Williams sob dois aspectos principais. De um lado, pretendemos elucidar os usos e significados da noção “estrutura de sentimento”, que nesse trabalho organiza toda a argumentação, como uma espécie de operador analítico; de outro, discutimos as frequentes referências autobiográficas, que reforçam seu tom reflexivo e político.

 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luiz Carlos Jackson, Universidade de São Paulo

Professor do Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP).

Ugo Rivetti, Universidade Federal do Espírito Santo

Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente é professor substituto junto ao Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Espírito Santo. Também é pesquisador do Núcleo de Sociologia da Cultura da USP.

Dimitri Pinheiro, Universidade de São Paulo

Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), integra o Núcleo de Sociologia da Cultura da USP.

Referências

Cevasco, Maria Elisa. (2001), Para ler Raymond Williams. São Paulo, Paz e Terra.

Collini, Stefan. (2019), The nostalgic imagination: History in English criticism. Oxford, Oxford University Press.

De Bolla, Peter. (1995), “Antipictorialism in the English landscape tradition: A second look at the country and the city”. In: Prendergast, Christopher (ed.). Cultural materialism.

On Raymond Williams. Minneapolis, University of Minnesota Press, pp. 173-187.

Diniz, Sheyla Castro. (2020), “‘Esquecer Williams?’: materialismo cultural, estruturas de sentimento e pesquisas sobre música popular no Brasil”. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, 1 (77): 168-183, https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v1i77p168-183.

Eldridge, John & Eldridge, Lizzie. (1994), Raymond Williams. Making connections. Londres; Nova York, Routledge.

Filmer, Paul. ( July 2003), “Structures of feeling and socio-cultural formations: the significance of literature and experience to Raymond Williams’s sociology of culture”. British Journal of Sociology, 54 (2): 199-219.

Gatti, Vanessa Vilas Bôas. (2015), Súditos da rebelião: estrutura de sentimento da Nova MPB (2009-2015). São Paulo, dissertação de mestrado em Sociologia, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.

Higgins, John. (1999), Raymond Williams. Literature, marxism and cultural materialism. Londres e Nova York, Routledge.

Hoggart, Richard. ([1957] 2009), The uses of literacy: Aspects of working-class life. Londres, Penguin.

Lepenies, Wolf. (1996), As três culturas [Soziologie zwischen Literatur und Wissenschaft]. São Paulo, Edusp.

Middleton, Stuart. (2020), “Raymond Williams’s ‘structure of feeling’ and the problem of democratic values in Britain, 1938-1961”. Modern Intellectual History, 17 (4): 1133-1161.

Oliveira, Luciano Dutra de. (2016), As estruturas de sentimento: história e desenvolvimento da noção cultural por Raymond Williams. São Paulo, dissertação de mestrado em História, Programa de Estudos Pós-Graduados em História da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Passiani, Enio. (2009), “Afinidades seletivas: uma comparação entre as sociologias da literatura de Pierre Bourdieu e Raymond Williams”. Estudos de Sociologia, 14 (27): 285-299.

Ridenti, Marcelo. (2010), Brasilidade revolucionária. São Paulo, Editora da Unesp.

Santos, Márcia Vanessa Malcher. (2019), O cinema contemporâneo de Pernambuco. São Paulo,

tese de doutorado em Sociologia, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.

Sayre, Robert & Lowy, Michael. (1999), “A corrente romântica nas ciências sociais da Inglaterra:

Edward P. Thompson e Raymond Williams”. Crítica Marxista, 8: 43-67.

Simpson, David. (1995), “Raymond Williams: Feeling for Structures, Voicing ‘History’”. In: Prendergast, Christopher (ed.). Cultural materialism. On Raymond Williams. Minneapolis, University of Minnesota Press, pp. 29-50.

Thompson, E. P. (May-June 1961), “The long revolution (Part i)”. New Left Review, I (10): 24-33.

Thompson, E. P. ( July-August 1961), “The long revolution (Part ii)”. New Left Review, I (10): 34-39.

Vasconcelos, Sandra Guardini Teixeira. (2007), A formação do romance inglês: ensaios teóricos. São Paulo, Hucitec/Fapesp.

Wallis, Mick. (1993), “Present consciousness of a practical kind: Structure of feeling and higher education drama”. In: Morgan, W. John & Preston, Peter. Raymond Williams: Politics, education, letters. Nova York, St. Martin’s Press, pp. 129-162.

Williams, Raymond. (1990), O campo e a cidade: na história e na literatura. São Paulo, Companhia das Letras.

Williams, Raymond. ([1957] 1993), “Fiction and The writing public”. In: McIlroy, John & Westwood, Sallie (eds.). Border country: Raymond Williams in adult education. Leicester, National Institute of Adult Continuing Education.

Williams, Raymond. ([1973] 1993), The country and the city. Oxford, Oxford University Press.

Williams, Raymond. ([1961] 2001), The long revolution. Peterborough, Ont., Broadview Press.

Williams, Raymond. ([1958] 2011), Cultura e sociedade: de Coleridge a Orwell. Petrópolis, Vozes.

Williams, Raymond. ([1960] 2013), Border country. Cardigan, Parthian/Library of Wales.

Williams, Raymond. ([1979] 2013), A política e as letras: entrevistas da New Left Review. São Paulo, Editora Unesp.

Publicado

2023-08-15

Como Citar

Jackson, L. C., Rivetti, U., & Pinheiro, D. (2023). Estrutura de sentimento e autobiografia em "O campo e a cidade". Tempo Social, 35(2), 5-35. https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2023.207704

Edição

Seção

Artigos