Arte como conceito e como imagem: a redefinição da "arte pela arte"

Autores

  • João Valente Aguiar Universidade do Porto. Faculdade de Letras. Instituto de Sociologia
  • Nádia Bastos Ministério da Educação

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-20702013000200010

Resumo

A arte contemporânea tem incorporado mudanças relevantes nas suas propriedades internas. Entre algumas dessas propriedades, este artigo irá abordar as asserções da arte como conceito e da arte como imagem. Nesse sentido, a análise de conteúdo de algumas das principais teses da arte conceitual e a análise do trabalho de Cindy Sherman fornecerão o terreno empírico para as asserções supramencionadas. Com efeito, este duplo processo de tornar vários aspectos da arte contemporânea em conceitos e/ou em imagens representa uma grande transformação no campo artístico. Ao mesmo tempo, a transformação interna referida no campo artístico também tem efeitos na relação entre esse mesmo campo artístico e a estrutura social global. No caso deste artigo, a relação entre o campo artístico e o capitalismo operada pela redefinição do princípio da "arte pela arte".

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Aguiar, João Valente. (2010), “A imagem na cultura do pós-modernismo”. Tempo Social, 22 (1): 179-198.

Archer, Michael. (2008), Arte contemporânea: uma história concisa. São Paulo, Cortez.

Barrett, Terry. (2007), Why is that Art? Aesthetics and criticism of contemporary art. Oxford, Oxford University Press.

Barry, David & Meisiek, Stefan. (1994), “Making the invisible visible: symbolic means for surfacing unconscious processes in organizations”. Organizational Development Journal, 12: 37-48.

Barthes, Roland. (1984 [1968]), “La mort de l’auteur”. In: . Le bruissement de la langue. Paris, Seuil.

Berne, Betsy. (2003), “Studio: Cindy Sherman”. Tate.org.uk, 1 jun. Disponível em <http://www.tate.org.uk/context-comment/articles/studio-cindy-sherman>, consultado em 17/9/2013.

Blair, Tony. (2007), “Cultural speech at Tate Modern”. The Guardian, 6 mar. Disponível em <http://www.theguardian.com/politics/2007/mar/06/politicsandthearts.uk1>, consultado em 17/9/2013.

Bourdieu, Pierre. (1998), Meditações pascalianas. Oeiras, Celta.

. (1992), Les règles de l’art: genèse et structure du champ littéraire. Paris, Seuil.

Darso, Lotte. (2004), Artful creation learning-tales of arts-in-business. Frederiksberg, Samfundslitteratur. dcms -Department for Culture, Media and Sport. (2006), Annual report 2006. Londres, dcms.

Eagleton, Terry. (1994), The ideology of the aesthetic. Oxford, Blackwell.

Eco, Umberto. (1989), Obra aberta. Lisboa, Difel.

Florida, Richard. (2004), The rise of the creative class. Nova York, Basic Books.

Foster, Hal; Krauss, Rosalind; Bois, Yve-Alain & Buchloh, Benjamin. (2004), Art since 1900. Nova York, Thames and Hudson.

Foster, Hal. (1996), The return of the real: the avant-garde at the end of the century. Cambridge (ma), mit Press.

Freeman, Alan. (2007), Culture, creativity and innovation in the internet age. May 22-23 conference on ipr at Birkbeck College, Londres.

Gusmão, Manuel. (2011), Uma razão dialógica: ensaios sobre literatura, a sua experiência do humano e a sua teoria. Lisboa, Confrontos.

Harvey, David. (1990), The condition of postmodernity. Oxford/Cambridge, Basil Blackwell.

Heartney, Eleanor. (2001), Postmodernism. Cambridge, Cambridge University Press.

Heinich, Nathalie. (2003), Face à l’art contemporain. Paris, L’Échoppe.

. (1993), Du peintre a l’artiste. Paris, Éditions de Minuit.

Hesmondhalgh, David. (2007), The cultural industries. Londres, Sage.

Jameson, Fredric. (1993), Postmodernism or the cultural logic of late capitalism. Londres, Verso.

Jauss, Robert Hans. (1978), Pour une esthétique de la recéption. Paris, Gallimard.

Kurz, Robert. (1999), “O fantasma das belas-artes”. Folha de S. Paulo, 4 abr.

Luhmann, Niklas. (1990), Essays on self-reference. Nova York, Columbia University Press.

Mateus, Augusto. (2010), O sector cultural e criativo em Portugal: relatório final. Lisboa, Ministério da Cultura.

Miranda, José Bragança de. (2008), Corpo e imagem. Lisboa, Vega.

Moulin, Raymonde. (1995), De la valeur de l’art. Paris, Flammarion.

Nunes, João Arriscado. (1996), “Fronteiras, hibridismo e mediatização: os novos territórios da cultura”. Revista Crítica de Ciências Sociais, 45: 35-71.

Ribeiro, António Sousa. (2001), “A retórica dos limites. Notas sobre o conceito de fronteira”. In: Boaventura Sousa Santos (org.). Globalização: fatalidade ou utopia? Porto, Afrontamento.

Rorty, Richard. (1993), “O progresso do pragmatista”. In: Collini, Stefan (ed.). Interpretação e sobreinterpretação. Lisbon, Presença.

Saramago, José. (2002), O homem duplicado. Lisboa, Caminho.

Schwartz, Arturo. (2000), The complete works of Marcel Duchamp. Nova York, Delano.

Sontag, Susan. (2009 [1978]), “On photography”. In: Evans Jessica & Hall, Stuart (orgs.). Visual culture. Milton Keynes/London, Open University Press/Sage.

Vidal, Carlos. (2012), “Jeff Wall, arte contemporânea e vida quotidiana”. In: Aguiar, João Valente; Lopes, João Teixeira & Bastos, Nádia (orgs.). A literatura como objecto sociológico. Lisboa, Apenas Livros (col. Arte e Sociedade.).

. (2005), Sombras irredutíveis: arte, amor, ciência e política em Alain Badiou. Lisboa, Vendaval.

. (2002), Imagens sem disciplina. Lisboa, Vendaval.

Wu, Chin-Tao. (2006), Privatização da cultura: a intervenção corporativa nas artes desde os anos 80. São Paulo, Boitempo.

Downloads

Publicado

2013-11-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Arte como conceito e como imagem: a redefinição da "arte pela arte" . (2013). Tempo Social, 25(2), 181-203. https://doi.org/10.1590/S0103-20702013000200010