Notas rocambolescas: histórias de escusos heróis

Autores

  • Marlyse Meyer Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.1590/ts.v3i1/2.84820

Palavras-chave:

Roacambole, Luis Napoleão Bonaparte, Folhetim, Rocambolesco, Heróis velhaco, Violência, Imaginário

Resumo

O artigo parte da aproximação, aparentemente insólita, de dois textos: 1) Proezas de Rocambole (1857-1870), folhetim de Ponson du Terrail, cujo núcleo inicial trata de uma sociedade secreta, o Clube dos Valetes de Copas, chefiada pelo "vil" conde Andrea, e depois por seu sobrinho, Rocambole, 2) O 18 Brumário de Luis Bonaparte (1852), de Karl Marx, que narra, como um romance policial, a ascensão do sobrinho de Napoleão a partir da sociedade secreta de 10 de Dezembro, e as aventuras reais e farsescas de  um "cnalha medíocre". Faz-se notar que a própria imprensa francesa da época assimilou a figura de Rocambole com a do Imperador. Comenta-se a atualidade de Rocambole e tenta-se uma definição do rocambolesco, nesta época de corrupçao e violência. Ressalta-se a ambígua atração que aventuras de escusos heróis, tratadas com delírio imaginativo e ritmo desenfreado, exercem sobre os leitores, tomando como exemplos Machado de Assis e Graciliano Ramos.

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Biografia do Autor

  • Marlyse Meyer, Universidade Estadual de Campinas

    Professora de literatura comparada e cultura brasileira da Universidade Estadual de Campinas e Universidade de São Paulo.

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Publicado

1991-07-06

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Meyer, M. (1991). Notas rocambolescas: histórias de escusos heróis. Tempo Social, 3(1/2), 77-92. https://doi.org/10.1590/ts.v3i1/2.84820