Heranças de 68: cinema e sexualidade

Autores

  • Paulo Menezes Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

DOI:

https://doi.org/10.1590/ts.v10i2.86780

Palavras-chave:

Maio de 68, Cinema, Sexo, Desejo, Poder, Moral

Resumo

Maio de 68 deixou marcas e referências nos mais insuspeitos campos de atividade e de conhecimento humano. Neste texto, buscamos explorar as relações que podem ser estabelecidas entre algumas de suas formulações – em especial as ligadas a um ideário de liberação e libertação de práticas sexuais – e os temas correlatos, bem como a forma de tratá-los, que invadiram o cinema dito "comercial" na década seguinte. Sob este prisma são analisados filmes como Blow Up, Laranja Mecânica, Morte em Veneza, Último Tango em Paris, Império dos Sentidos e Saló.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Paulo Menezes, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

    Professor do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo (FFLCH-USP).

Referências

BACHELARD, Gaston. (1988) A dialética da duração. São Paulo, Ática.

BENJAMIN, Walter. (1986b) A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: Obras escolhidas I. São Paulo, Brasiliense. p. 165-196.

BRUNI, J.C. (1991) Tempo e trabalho intelectual. Tempo Social, São Paulo, 3(1-2): 155-168.

CARDOSO, Irene R. de A. (1995) Foucault e a noção de acontecimento. Tempo Social, São Paulo, 7(1-2): 53-66.

DELEUZE, Gilles. (1985) L’Image-temps. Paris, Éditions de Minuit.

FERRO, M. (1970) Cinéma et histoire. Paris, Denöel/Gonthier.

FOUCAULT, M. (1981) As Palavras e as coisas. São Paulo, Martins Fontes.

FOUCAULT, M. (1985) História da sexualidade II – O uso dos prazeres. 4a edição. Rio de Janeiro, Graal.

FRANCASTEL, Pierre. (1982) A realidade figurativa. São Paulo, Perspectiva.

GOFFMAN, E. (1975) A representação do eu na vida cotidiana. Petrópolis, Vozes.

GROSS, Sabine. (1992) Film – real time, life time, media time. (mimeo).

JARVIE, I. (1984) Sociologia del cine. Madrid, Guadarrama.

JAMESON, Fredric. (1995) As marcas do visível. Rio de Janeiro, Graal.

KAEL, Pauline. Last tango in Paris. The New Yorker, 28/10/1972.

KOLKER, R. P. (1983) The altering eye. New York, Oxford University Press.

MAGGI, Amina. (1980) Último tango em Paris – áreas secretas. IDE, São Paulo, 8: 33-48.

MARCUSE, Herbert. (1977) Um ensaio para a libertação. Lisboa, Livraria Bertrand.

MARCUSE, Herbert. (1981a) Contra-revolução e revolta. Rio de Janeiro, Zahar Editores.

MARCUSE, Herbert. (1981b) Eros e civilização. Rio de Janeiro, Zahar Editores.

MARTIN, Michel. (1990) A linguagem cinematográfica. São Paulo, Brasiliense.

MATOS, Olgária C. F. (1981) 1968 – as barricadas do desejo. Coleção Tudo é História. São Paulo, Brasiliense.

MENEZES, Paulo. (1997) Laranja Mecânica: violência ou violação? Tempo Social, S. Paulo, 9(2): 53-77, outubro.

NAGIB, Lúcia. (1995) Nascido das cinzas. Autor e sujeito nos filmes de Oshima. São Paulo, EDUSP. (versão modificada do capítulo sobre o Império dos Sentidos foi publicada anteriormente com o título de O Império do indivíduo. In: Imagens, Campinas 4: 72-81, Editora da UNICAMP, abril de 1994).

NIETZSCHE, Friedrich. (1974) Crépuscule des idoles ou Comment philosopher à coups de marteau. Textos e variantes organizados por Giorgio Colli e Mazzino Montinari. Trad. de Jean-Claude Hémery. Paris, Éditions Gallimard.

OSHIMA, Nagisa. (1980) Écrits 1956-1978. Dissolution et jaillissement. Paris, Cahiers du Cinéma/Gallimard.

PEARY, Danny. (1989) Cult movies. Vol. I. New York, Delta Books.

POWELL, Dillys. (1989) The golden screen. London, Pavilion Books.

REICH, Wilhelm. (1973) Psicologia de massas do fascismo. Lisboa, Publicações Escorpião.

REICH, Wilhelm. (1977) A função do orgasmo. São Paulo, Brasiliense.

REICH, Wilhelm. (1980) A revolução sexual. Rio de Janeiro, Zahar Editores.

SORLIN, P. (1977) Sociologie du cinéma. Paris, Aubier.

TARKOVSKI, Andrei. (1990) Esculpir o tempo. São Paulo, Martins Fontes.

VIRÍLIO, P. (1993) Guerra e cinema. São Paulo, Página Aberta.

VOGEL, Amos. (1974) Film as a subversive Art. New York, Randon House.

XAVIER, Ismail. (1984) O discurso cinematográfico, a opacidade e a transparência. São Paulo, Paz e Terra.

Downloads

Publicado

1998-06-28

Edição

Seção

Dossiê Maio de 68

Como Citar

Menezes, P. (1998). Heranças de 68: cinema e sexualidade. Tempo Social, 10(2), 51-62. https://doi.org/10.1590/ts.v10i2.86780