Cultura e sociedade na primeira Teoria Crítica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2021.181238

Palavras-chave:

Teoria crítica, Indústria cultural, Cultura e administração, Teoria materialista da cultura, Cultura afirmativa

Resumo

A questão acerca da relação entre cultura e sociedade constitui um dos temas centrais da primeira geração da Teoria Crítica, num percurso que se estende do discurso de posse de Max Horkheimer na direção do Instituto de Pesquisas Sociais aos últimos textos de Adorno. Este artigo se propõe a acompanhar a questão ao longo dessa trajetória. Para tanto, concentra-se no comentário de alguns conceitos decisivos: cultura, autoridade e família; cultura afirmativa; teoria materialista da cultura; indústria cultural e cultura no mundo administrado.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Ricardo Musse, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

    Professor do Departamento de Sociologia da USP.

Referências

Adorno, Theodor. (1986), “A indústria cultural”. In: Cohn, Gabriel (org.). Sociologia. 3 ed. Tradução de Amélia Cohn e Gabriel Cohn. São Paulo, Ática, pp. 92-99.

Adorno, Theodor. ([1969] 1995a), “Notas marginais sobre teoria e práxis”. In: Adorno, Theodor. Palavras e sinais. Modelos críticos ii. Tradução de Maria Helena Ruschel. Supervisão de Álvaro Valls. Petrópolis, Vozes, pp. 202-229.

Adorno, Theodor. ([1969] 1995b), “Tempo livre”. In: Adorno, Theodor. Palavras e sinais. Modelos críticos ii. Tradução de Maria Helena Ruschel. Supervisão de Álvaro Valls. Petrópolis, Vozes, pp. 70-82.

Adorno, Theodor. ([1951] 2008), Minima moralia. Tradução de Gabriel Cohn. Rio de Janeiro, Azougue.

Adorno, Theodor. (2012), Correspondência 1928-1940 Adorno-Benjamin. Tradução de José Marcos Mariani de Macedo. São Paulo, Unesp.

Adorno, Theodor. (2020), “Cultura e administração”. In: Adorno, Theodor. Indústria cultural. Tradução de Vinicius Marques Pastorelli. São Paulo, Unesp, pp. 241-273.

Adorno, Theodor. (2021), “Resumé sobre indústria cultural”. In: Adorno, Theodor. Sem diretriz: parva aesthetica. Tradução de Luciano Gatti. São Paulo, Unesp, pp. 45-59.

Adorno, Theodor & Horkheimer, Max. (1985), Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Tradução de Guido A. de Almeida. Rio de Janeiro, Zahar.

Benjamin, Walter. ([1937] 2012), “Eduard Fuchs, colecionador e historiador”. In: Benjamin, Walter. O anjo da história. Tradução de João Barrento. Belo Horizonte, Autêntica, pp. 123-164.

Benjamin, Walter. (2012), “Sobre o conceito da História”. In: Benjamin, Walter. O anjo da história. Tradução de João Barrento. Belo Horizonte, Autêntica, pp. 7-20.

Chaves, Ernani. (1998), “É possível uma história materialista da cultura? Walter Benjamin (re)lê Friedrich Engels”. In: Loureiro, Isabel & Musse, Ricardo (orgs.). Capítulos do marxismo ocidental. São Paulo, Unesp, pp. 59-75.

Cohn, Gabriel. (2017), “As duas faces da indústria cultural”. In: Cohn, Gabriel. Weber, Frankfurt. Teoria e pensamento social i. Rio de Janeiro, Azougue, pp. 239-255.

Dubiel, Helmut. (1978), Wissenschaftsorganisation und politische Erfahrung: Studien zur frühen Kritischen Theorie. Frankfurt am Main, Suhrkamp.

Fromm, Erich. (1980), Arbeiter und Angestellte am Vorabend des Dritten Reiches. Eine Sozialpsychologische Untersuchung. Stuttgart, Deutsche Verlags-Anstalt.

Fabbrini, Ricardo. (2013), “Marcuse e a modernidade artística”. In: Bretas, Aléxia Cruz. Do romance de artista à permanência da arte: Marcuse e as aporias da modernidade estética. São Paulo, Annablume, pp. 11-25.

Gagnebin, Jeanne Marie. (2014), “Estética e experiência histórica em Walter Benjamin”. In: Gagnebin, Jeanne Marie. Limiar, aura e rememoração. Ensaios sobre Walter Benjamin. São Paulo, Editora 34, pp. 197-216.

Gatti, Luciano. (2009), Constelações: crítica e verdade em Benjamin e Adorno. São Paulo, Edições Loyola.

Habermas, Jürgen (org.). (1968), Antworten auf Herbert Marcuse. Frankfurt am Main, Suhrkamp.

Habermas, Jürgen. (2015), “Max Horkheimer: sobre a história do desenvolvimento de sua obra”. In: Habermas, Jürgen. Textos e contextos. Tradução de Antonio Ianni Segatto. São Paulo, Unesp, pp. 143-168.

Horkheimer, Max. (1941), “Art and mass culture”. Zeitschift für Sozialforschung, Jahrgang 9. München, dtv reprint, pp. 290-304.

Horkheimer, Max. ([1936] 1983), Autoridade e família. Tradução de Manuela R. Sanches, Teresa R. Cadete. Lisboa, Apáginastantas.

Horkheimer, Max. (1983), “Teoria Tradicional e Teoria Crítica”. In: Benjamin, Walter; Horkheimer, Max; Adorno, Theodor W. & Habermas, Jürgen. Textos escolhidos. Tradução de José Lino Grünnewald. São Paulo, Abril Cultural, pp. 117-154.

Horkheimer, Max. (1990), “Autoridade e família”. In: Horkheimer, Max. Teoria crítica i. Tradução de Hilde Cohn. São Paulo, Perspectiva, pp. 175-236.

Horkheimer, Max. (1999), “A presente situação da filosofia social e as tarefas de um Instituto de Pesquisas Sociais”. Revista Praga, n. 7. São Paulo, Hucitec, pp. 121-132.

Horkheimer, Max. (2015), Eclipse da razão. Tradução de C. H. Pissardo. São Paulo, Unesp.

Jameson, Fredric. (1985), “Marcuse e Schiller”. In: Jameson, Fredric. Marxismo e forma. Teorias dialéticas da literatura no século xx. Tradução de Iumna Maria Simon (coordenação), Ismail Xavier, Fernando Oliboni. São Paulo, Hucitec, pp. 70-93.

Kangussu, Imaculada. (2008), Leis da liberdade. A relação ente estética e política na obra de Herbert Marcuse. São Paulo, Loyola.

Marcuse, Herbert. (1973), Contrarrevolução e revolta. Tradução de Álvaro Cabral. Rio de Janeiro, Zahar.

Marcuse, Herbert. ([1969] 1977), Um ensaio para a libertação. Tradução de Maria Ondina Braga. Lisboa, Bertrand.

Marcuse, Herbert. (1997). “Sobre o caráter afirmativo da cultura”. In: Cultura e sociedade i. Tradução de Wolfgang Leo Maar, Isabel Maria Loureiro, Robespierre de Oliveira. São Paulo, Paz e Terra, pp. 89-136.

Marcuse, Herbert. (1999), “Algumas considerações sobre Aragon: arte e política na era totalitária”. In: Marcuse, Herbert. Tecnologia, guerra e fascismo. Organização de Douglas Kellner; tradução de Maria Cristina Vidal Borba. São Paulo, Unesp, pp. 267-288.

Marx, Karl. ([1857] 1978), Para a crítica da economia política. São Paulo, Abril Cultural.

Marx, Karl. ([1845-1846] 1986), A ideologia alemã. São Paulo, Hucitec.

Musse, Ricardo. (2016), “A administração do tempo livre”. Lua Nova, São Paulo, Cedec, 99: 107-134.

Musse, Ricardo. (2018) “Max Horkheimer: a teoria da autoridade”. In: Sganzerla, Anor; Valverde, Antonio José Romera & Falabretti, Ericson (orgs.). O pensamento político em movimento. Curitiba, PucPress, 2018, pp. 217-228.

Rampim, João Lopes. (2018), Colecionador, arte e materialismo histórico em Walter Benjamin. São Paulo, Unifesp.

Tiedemann, Rolf. (1987), Études sur philosophie de Walter Benjamin. Paris, Actes du Sud.

Wiggershaus, Rolf. (1998), Max Horkheimer zur Einführung. Hamburgo, Junius.

Downloads

Publicado

2021-08-16

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Cultura e sociedade na primeira Teoria Crítica. (2021). Tempo Social, 33(2), 267-288. https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2021.181238