Radicalismos, violências e integração política na Turquia

Autores

  • Hamit Bozarsian Maison des Sciences de l'Homme. Centre d'Analyses et d'Interventions Sociologiques (CADIS)

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-20702001000100006

Palavras-chave:

Turquia, política, cultura, violência

Resumo

Este artigo analisa os principais obstáculos a serem enfrentados para a integração política na Turquia. Mostra que o radicalismo e a violência originam-se em três fontes: a oposição curdo-turca; a oposição alevita-sunita e o avanço do islamismo político, com sua recusa de abandonar a referência religiosa. Contribuíram para a atual fragmentação política as contradições da doutrina kemalista, na qual ainda se assenta a legitimidade do Estado turco; os sucessivos golpes militares de Estado, que obrigam a constantes realinhamentos das formações partidárias; e a militarização de vastas regiões da Turquia em resposta às sucessivas ondas curdas e alevitas de contestação violenta, conduzindo à autonomização dos grupos armados que tendem a perpetuar a contestação e a repressão violentas. Diante desse quadro, o futuro da Turquia depende, por um lado, da integração social das identificações e convicções (curdas, alevitas e islamitas) pelo reconhecimento das culturas regionais e, por outro lado, da adoção do princípio de não-politização das convicções religiosas e do abandono do conservadorismo social por oposição à ocidentalidade.

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Referências

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Publicado

2001-05-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Radicalismos, violências e integração política na Turquia . (2001). Tempo Social, 13(1), 67-80. https://doi.org/10.1590/S0103-20702001000100006