A Tropicália: cultura e política nos anos 60

Autores

  • Cláudio N.P. Coelho Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Sociologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/ts.v1i2.84780

Palavras-chave:

"Tropicália", movimento artístico, ideologia, o arcaico e o moderno, revolução e comportamento individual

Resumo

A Tropicália foi um dos movimentos artísticos mais importantes dos anos 60, tendo sido interpretada como uma contestação radical às posições da esquerda, que neste período exercia forte influência sobre a produção cultural. A tese redefinida por este artigo é a de que a Tropicália compartilhava a posição defendida pela esquerda de que a obra de arte deve ter por objeto a realidade brasileira e estar associada às lutas por mudanças revolucionárias, tendo construído, no entanto, uma versão própria desta posição. A Tropicália apresentava uma visão mais complexa da realidade brasileira do que a da esquerda, indicando a presença de uma combinação entre o arcaico e o moderno, enquanto a esquerda só enxergava o arcaico. A noção de Revolução defendida pela esquerda foi ampliada, com a incorporação da revolução nos comportamentos individuais às mudanças sociais. Do enraizamento na realidade que marcou o tropicalismo resultaram obras ainda hoje atuais como "Geléia Real" de Gilberto Gil e "Tropicália" de Caetano Veloso.

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Biografia do Autor

  • Cláudio N.P. Coelho, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Sociologia

    Doutorando do Programa de Pós-Graduação do Departamento de Sociologia, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo. 

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Publicado

1989-12-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

A Tropicália: cultura e política nos anos 60. (1989). Tempo Social, 1(2), 159-176. https://doi.org/10.1590/ts.v1i2.84780