Apresentação: repertórios políticos nas lutas trabalhistas transnacionais e as novas formas de governança trabalhista global

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2021.186450

Palavras-chave:

Lutas trabalhistas transnacionais, Mundo do trabalho, Governança trabalhista global, Regulação sociolaboral

Resumo

Apesar de as preocupações em torno do salário e da elevação da qualidade de vida da classe trabalhadora terem adquirido uma centralidade histórica nos reportórios de luta desenhados em escala nacional, a ambição de solidariedade internacionalista e de emancipação das formas de organização coletiva dos trabalhadores constituiu sempre um fim em si mesmo. À luz dos tempos atuais, trata-se de uma ambição que pode ser testemunhada no modo como as tendências de globalização e neoliberalismo contemporâneo reclamam respostas adequadas e organizadas, de partilha de experiências, de contributos para novas formas de governança global, mais justas e dignificantes. E igualmente de novas aprendizagens para os protagonistas clássicos do mundo do trabalho. Ao reunir contributos de especialistas internacionais sobre o mundo do trabalho, provenientes de distintos contextos nacionais e filiações disciplinares, este dossiê cumpre esse propósito de debate crítico, apoiado em experiências concretas. Aqui se encontram contributos sobre solidariedades regionais e redes sindicais, processos de regulamentação política, planejamento econômico global, transição climática, formas de organização laboral transnacional, trabalho informal, relações Norte e Sul, trabalho na economia de plataforma ou processos de comunicação digital.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Leonardo Mello e Silva, Universidade de São Paulo

    Professor of sociology at the University of São Paulo.

  • Elísio Estanque, Universidade de Coimbra

    Associated professor at the Faculty of Economics and senior researcher at Centre for Social Sciences (CES), University of Coimbra. His main fields of interest are: Social movements, Labor relations and trade unionism; Sociology of organizations; Sociology of inequalities and social classes. 

  • Hermes Augusto Costa, Universidade de Coimbra

    Associated professor at the Faculty of Economics and researcher at the Centre for Social Sciences (CES), University of Coimbra.

Referências

Anner, M. (2011), Solidarity transformed. Labor responses to globalization and crisis in Latin America. Ithaca, ny, Cornell University Press.

Bieler, Andreas. (2014), “Transnational labour solidarity in (the) crises”, Global Labour Journal, 5 (2).

Costa, Hermes Augusto. (2006), “The old and the new in the new labor internationalism”. In: Santos, B. S. (org.). Another production is possible: beyond the capitalist canon. London, Verso, pp. 243-278.

Costa, Hermes Augusto & Estanque, Elísio. (2019), “Trade unions and social movements at the crossroads: A Portuguese view”. In: Grote, Jürgen R. & Wagemann, Claudius (eds.). Social movements and organized labour. Passions and interests. London, Routledge, pp. 149-170.

Costa, Hermes Augusto; Estanque, Elísio; Fonseca, Dora & Silva, Manuel Carvalho da. (2020), Poderes sindicais em debate: desafios e oportunidades na Autoeuropa, tap e pt/Altice. Coimbra, Almedina, 238 pp.

Crouch, C. (2017), “Membership density and trade union power”. Transfer: European Review of Labour and Research, 23 (1): 47-61. doi: 10.1177/1024258916673533.

Durand, J. P. (2007), The invisible chain. Constrains and opportunities in the new world of employment. Basingstoke, Palgrave Macmillan.

Estanque, Elísio; Costa, Hermes Augusto; Fonseca, Dora & Silva, Manuel Carvalho da (2020), Trade union powers: Implosion or Reinvention? Newcastle upon Tyne, Cambridge Scholars Publishing, 214 pp.

Evans, P. (2010), “Is it labor’s turn to globalize? Twenty-first century opportunities”. Global Labour Journal, 1 (3): 352-379.

Fairbrother, P. & Hammer, N. (2005), “Global unions: Past efforts and future prospects”. Industrial Relations, 60 (3): 405-431.

Fichter, M. & Helfen, M. (2011), “Going local with global policies: Implementing international framework agreements in Brazil and United States”. In: Papadakis, K. (ed.). Shaping global industrial relations. The impact of international framework agreements. Basingstoke, Palgrave Macmillan, pp. 85-115.

Fichter, M. & Sydow, J. (2002), “Using networks towards global labour standards? Organizing social responsibility in global production chains”. Industrielle Beziehungen, 9 (4): 357-380.

Ford, M. & Gillan, M. (2015), “The global union federations in international industrial relations. A critical review”. Journal of Industrial Relations, 57 (3): 456-475.

Gereffi, G. & Korzeniewicz, M. (1990), Commodity chains and global capitalism. Westport, Praeger.

Gereffi, G.; Humphrey, J. & Sturgeon, T. (2005), “The governance of global value chains”. Review of International Political Economy, 12 (1): 78-104.

Gumbrell-McCormick, R. & Hyman, R. (2013), Trade unions in Western Europe hard times, hard choices. Oxford: Oxford University Press.

Harvey, D. (1989), The condition of post-modernity. Oxford, Blackwell.

Hyman, R. (2005), “Shifting dynamics in international trade unionism: Agitation, organisation, bureaucracy, diplomacy”. Labor History, 46 (2): 137-54.

Jessop, B. (2013), “Revisiting the regulation approach: Critical reflections on the contradictions, dilemas, fixes, and crisis dynamics of growth regimes”. Capital & Class, 37 (1): 5-24.

Lehndorff, S.; Dribbush, H. & Schulten, T. (2017), “European trade unions in a time of crises: an overview”. In: Lehndorf, S.; Dribbush, H. & Schulten, T. (eds.). Rough waters: European trade unions in a time of crises. Brussels, European Trade Union Institute, pp. 7-34.

McCallum, J. (2013), Global unions, local power: The new spirit of transnational labor organizing. Ithaca, ny, Cornell University Press/ilr Press.

Moody, K. (1997), Workers in a lean world: Unions in the international economy. London, Verso.

Munck, R. (2010), “Globalization and the labour movement: Challenges and responses”. Global Labour Journal, 1 (2): 218-232.

Nichols, T. & Sugur, N. (2004), Global management, local labour: Turkish workers and modern industry. London, Palgrave Macmillan.

Nichols, T.; Cam, S.; Chou, W. G.; Chun, S.; Zhao, W. & Feng, T. (2004), “Factory regimes and the dismantling of established labour in Asia: A review of cases from large manufacturing plants in China, South Korea and Taiwan”. Work, Employment and Society, 18 (4): 663-685.

Oliveira, Francisco de. (Nov./Dec. 2003), “The duckbilled platypus”. New Left Review 24.

Schmalz, S., Dörre, K. (2013), El planteamiento de los recursos del poder. Ciudad de México: Fundación Friedrich Ebert. Retrieved from https://bit.ly/2v3GMiE.

Standing, G. (2001), The precariat: The new dangerous class. London, Bloomsbury Academic.

Stevis, D. (2010), International framework agreements and global social dialogue: Parameters and prospects. Geneva, ilo.

Tilly, C. (Spring 1995), “Globalization threatens labor’s rights”. International Labor and Working Class History, 47: 1-23.

Waterman, P. (2001), “Trade union internationalism in the age of Seattle”. Antipode: A Radical Journal of Geography, 33 (1): 312-336.

Webster, E.; Lambert, R. & Bezuidenhout, A. (2008), Grounding globalization: Labour in the age of insecurity. Oxford, Blackwell.

Wright, Erik Olin. (2000), “Working-class power, capitalist-class interests, and class compromise”. American Journal of Sociology, 105 (4): 957-1002.

Downloads

Publicado

2021-08-16

Edição

Seção

Dossiê - Lutas trabalhistas transnacionais e repertórios políticos

Como Citar

Silva, L. M. e ., Estanque, E., & Costa, H. A. (2021). Apresentação: repertórios políticos nas lutas trabalhistas transnacionais e as novas formas de governança trabalhista global. Tempo Social, 33(2), 05-14. https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2021.186450